sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sistel: investimento de R$ 1 mi em data center seguro

Fundação investiu recursos em sala cofre para proteger informações de cerca de 27 mil aposentados.

A construção de um data center baseado em padrões internacionais de segurança foi a solução mais econômica encontrada pelo fundo de pensão Fundação Sistel de Seguridade Social (Sistel) para reforçar a proteção das informações de 27 mil aposentados que compõem a carteira de aproximadamente 10 bilhões de reais administrados pela instituição. A entidade, sediada em Brasília (DF), investiu 1,1 milhão de reais na implantação de uma célula estanque tipo sala cofre em sua infraestrutra de TI.

Posicionada em sexto lugar no ranking dos fundos fechados de previdência privada no Brasil, a Sistel está em operação desde 1977 e há cerca de dois anos precisou rever sua estrutura tecnológica para atender exigências de segurança e governança de normas da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

O ambiente de TI da Sistel processa e armazena um grande volume de dados referentes a contribuições de associados, informações pessoais, cadastrados de participantes, informações financeiras e de investimentos realizados, além dos dados gerados pelas áreas de recursos humanos, contabilidade e financeira da entidade.

O gerente de TI da Sistel, Fernando Toigo, conta que era necessário aumentar a segurança física e estrutural do ambiente de tecnologia da informação para garantir a disponibilidade das informações críticas processadas no data center. A fundação avaliou a necessidade de construir um site backup para ter continuidade dos negócios, em caso de desastres. Entretanto, o projeto se tornou inviável porque exigia um investimento maior do que o planejado.

“É muito caro para pequenas e médias empresas terem um site backup. Esse projeto tem que ser baseado na necessidade de negócio e concluímos que não precisávamos ter processamento duplicado em tempo real”, diz Toigo. A fundação tem grande pico de processamento apenas uma vez por mês, quando efetua o pagamento de benefício aos aposentados.

O projeto
Já que não precisava de uma operação 24X7, a fundação optou por construir um data center em local adequado, atendendo a requisitos de segurança contra invasão, incêndio, desabamento, etc. Construído em uma área de 27 metros quadrados, no prédio de sua sede, em Brasília, o novo espaço da Sistel é baseado em uma célula estanque tipo sala cofre fornecido pela empresa brasileira Boxfile IT.

O espaço foi projetado com material contra incêndio e portas blindadas para que em caso de explosão os computadores mantenham-se protegidos. O local conta ainda com sistema de monitoramento e recursos de biometria para controle de acesso, entre outras formas de proteção.

Segundo a Boxfile IT, a solução foi testada pelo laboratório d´Aberdeen, ligado ao Departamento de Defesa do governo dos Estados Unidos, órgão para teste e validação de produtos e serviços destinados às Forças Armadas daquele país. O diretor de marketing e alianças da empresa, Pascal Cyril Toque, afirma que a tecnologia é referência para proteção física e estrutural dos data centers do exército norte-americano.

Com o projeto, a Sistel reduziu os custos com energia e manutenção dos equipamentos, mas não contabilizou a economia. Toigo afirma que a fundação também consegue mitigar riscos e garantir a sua operação em caso de incidente. Para garantir a continuidade do processamento, a entidade faz backup diário dos dados em fitas magnéticas, que são armazenadas fora da sede.

“Caso haja algum problema com o prédio onde está nosso data center, temos um plano de continuidade de negócios para montar outro ambiente de TI e recuperar os dados”, afirma Toigo. Com o backup das informações em fita magnética, a fundação conseguiria colocar em operação e realizar transações em um período que varia de três dias a uma semana.
Fonte: Edileuza Soares, Computerworld (19/02/2010). Colaboração de Valmir Leoni

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