quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mundo: Reino Unido muda aposentadorias

Londres corta gasto e muda aposentadoria
Governo do Reino Unido anuncia um pacote que também estende corte de benefícios e congelamento de salários 
Ministro das Finanças põe a culpa na crise da zona do euro; uma greve geral poderá paralisar o país hoje
Os britânicos receberam ontem uma série de más notícias sobre a economia.
O desemprego deve crescer, o número de funcionários públicos demitidos vai aumentar, a idade para se aposentar, subir, e a política de cortes de benefícios, congelamento de salários e elevação de impostos se estender por dois anos além do previsto, que era 2015.
Tudo para tentar reduzir o deficit e a dívida pública no longo prazo, ou seja, a partir de 2016.
Até lá, porém a dívida pública deve se expandir de 60,5% para 78% do PIB, reflexo do baixo crescimento econômico e do deficit público.
O pacote foi anunciado por George Osborne, ministro das Finanças, em discurso no Parlamento. Ele culpou o cenário externo, principalmente da zona do euro.
"Grande parte da Europa parece rumar para uma recessão causada pela crônica falta de confiança na habilidade dos países de lidar com suas dívidas", disse.
Também foram reduzidas as previsões de crescimento para o PIB do país. Além disso, há um grave risco da volta da recessão logo no início do próximo ano.
No caso das demissões de servidores públicos, a previsão dos analistas era de corte de 400 mil dos 6 milhões de funcionários em cinco anos. Agora, foi a 710 mil.
Aqueles que permanecerem empregados ficam com o salário congelado até 2013.
Depois, até 2015, terão reajuste de no máximo 1% ao ano, mesmo com uma inflação que hoje ronda os 5%.
Já a elevação da idade de aposentadoria de 66 anos para 67 foi antecipada de 2034 para 2026.
GREVE 
Os anúncios aconteceram na véspera de uma greve. Os sindicatos acreditam que 2 milhões de servidores não trabalhem hoje.
Escolas, hospitais e o serviço de migração nos aeroportos devem ser afetados.
A greve está marcada há meses, mas as medidas devem funcionar como um incentivo à adesão.
Para não ficar apenas no pessimismo, o governo britânico anunciou £ 5 bilhões
(R$ 14,5 bilhões) para projetos de infraestrutura e também uma linha de crédito de £ 40 bilhões para pequenas e médias empresas. 

Fonte: Folha de S.Paulo (30/11/2011)

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