sexta-feira, 25 de maio de 2012

Fundos de Pensão: Quando haverá política de investimento em empresas que se preocupam com o desenvolvimento social e a preservação ambiental?

Políticas de investimentos olham para o futuro. Só o fato da Petros se preocupar com este tema, tendo em vista a sua patrocinadora, já é um bom início. 
O fortalecimento da previdência complementar, que representa atualmente cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB), aumenta a responsabilidade dos fundos de pensão com o desenvolvimento do país. Não só econômica, mas também socialmente. Os fundos estão fazendo a sua parte. A Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade da Abrapp reuniu profissionais do setor, representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e especialistas das áreas de investimento e ambiental no seminário - A Sustentabilidade e o Papel dos Fundos de Pensão no Brasil, que aconteceu terça-feira, no Rio de Janeiro.
O diretor presidente da Abrapp, José de Souza Mendonça, explica que o objetivo do encontro é conscientizar as entidades sobre a importância de investir em empresas que se preocupem com o meio ambiente. “Hoje, cerca de 60% do patrimônio dos fundos, algo em torno de 360 bilhões de reais, estão nas mãos das grandes entidades que já estão preocupadas com isso e priorizando esses investimentos”. Mendonça fez a afirmação referindo-se às 15 maiores entidades do setor signatárias do programa da ONU, o PRI – Princípios para os Investimentos Responsáveis.
A gerente executiva de Planejamento Estratégico da Petros e membro da Comissão Nacional de Sustentabilidade da Abrapp, Helena Kerr, afirma que debater o tema entre os fundos de pensão é muito importante devido ao perfil de investirem a longo prazo. “Como gestores dos fundos precisamos aplicar os recursos, que são dos participantes, com o olhar voltado para a sustentabilidade”.
Tatiana Regiani, analista de investimentos da Petros, explica que a Fundação já tem um conceito bem definido de investir em empresas que estejam preocupadas com a questão. “Estamos desenvolvendo uma metodologia para avaliar de maneira criteriosa o envolvimento social, ambiental e de governança corporativa das empresas em que temos participação”.
Para o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Celso Lemme, a atuação eficaz de lideranças será definitiva para impulsionar as empresas a investirem no desenvolvimento social e na preservação ambiental. Ele lembra que há duas décadas, discutia-se com fervor a eficácia de investir em qualidade, já que os que não investiam tinham melhores preços e vendiam mais. “Hoje o tema qualidade é indiscutível e quem não investiu ficou fora do mercado”. Para ele, o mesmo acontecerá com relação ao investimento sócioambiental.
Outro tema em debate tratou das ações previstas no Protocolo de Intenções assinado entre o Ministério da Previdência e a OIT, em 2011. O documento tem o objetivo de fazer com que as políticas de investimentos dos fundos auxiliem na promoção do trabalho exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, sem quaisquer formas de discriminação e capaz de garantir uma vida digna. 

Fonte: Petros/AssPreviSite (24/05/2012)

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