sexta-feira, 1 de março de 2013

Fundos de Pensão que tiveram retorno acima de 20%, como CESP e Sistel, terão dificuldades este ano


Para diretor da Fundação CESP, Jorge Simino, faltam papéis com liquidez para investir no Brasil 

Jorge Simino, que conseguiu um retorno de 25% para a Fundação CESP em 2012, espera enfrentar em 2013 o ano mais difícil como diretor de investimento do quarto maior fundo de pensão do País. A renda variável não deve compensar os ganhos menores da renda fixa.
“Essa contribuição da renda fixa, que sempre foi uma contribuição importante, não na magnitude que houve em 2012, provavelmente não existirá em 2013”, disse Simino, 58, que começou a trabalhar na Fundação CESP em 2005.
“Ao mesmo tempo, você tem um cenário complicado na renda variável que talvez não consiga contrabalançar isso.Este ano será o mais difícil desde que eu entrei na Fundação CESP, há sete anos", disse Simino.
A Fundação CESP, que tem R$ 23,6 bilhões em ativos, pode aumentar investimentos em renda variável, comprar mais crédito privado e investir fora do País, disse Simino.
O fundo de pensão dos trabalhadores de empresas elétricas tem uma meta atuarial média de 5,3% acima do IGP-DI de dezembro a novembro. No ano passado, a meta média era de 5,9% acima do índice, ou 13,5%, o fundo disse em um comunicado na semana passada.
Os investimentos em renda fixa representaram 72% do portfólio da Fundação CESP no ano passado, enquanto que a renda variável era cerca de 20%, de acordo com o comunicado.
O Ibovespa pode subir para 66.000 a 68.000 pontos neste ano, um aumento de quase 12% sobre 2012, em um cenário “benigno”, disse Simino. O fundo está avaliando investir em renda variável no exterior em busca de melhor retorno e diversificação, ele disse.
“Tem uma escassez de papel com liquidez para investir no Brasil”, disse Simino. A carteira no exterior seria administrada por uma outra empresa. 

Fonte: Brasil Econômico (01/03/2013)

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