terça-feira, 2 de abril de 2013

Fundos de Pensão: FAPES, do BNDES, apresentou superávit 4 vezes superior ao do ano passado


A Fapes encerrou 2012 com um superávit de R$ 782,2 milhões. O resultado, aprovado pelo Conselho Deliberativo na semana passada e que estará sendo divulgado nos próximos dias, é mais de quatro vezes superior ao conseguido no ano anterior.
A Fundação, cujo patrimônio encosta hoje em R$ 9 bilhões, explica seu Diretor de Investimentos, Carlos  Tadeu Moreira Ribeiro, falando ao Diário, alcançou no ano passado uma rentabilidade global de 23,6%, um percentual expressivamente superior ao benchmark de 20,4%.
Na verdade, os benchmarks foram ultrapassados em todas as classes de ativos, com a única exceção da renda fixa, onde estão alocados R$ 5,4 bilhões (62% do patrimônio total) e houve praticamente um empate. A Fundação empatou e não perdeu porque estava investida em títulos públicos marcados a mercado e com vencimentos a perder de vista.
Na renda variável, que recebe cerca de 20% do patrimônio total, o equivalente a cerca de R$ 1,9 bilhão, a Fapes conseguiu fechar o ano passado com rentabilidade de 13,1%, acima do benchmark de 11,6%, apesar das dificuldades vividas pela Bolsa. “O Ibovespa foi mal no período, mas não o mercado acionário como um todo”, comenta Carlos Tadeu, para quem a sua entidade se saiu bem porque em ações trabalha com posições de valor.
“O ano passado foi muito bom para os imóveis”, resume Carlos Tadeu. A Fapes conseguiu em sua carteira imobiliária, onde tem investidos R$ 740 milhões, equivalentes ao teto de 8% definidos na norma, uma rentabilidade de 34,7%, a uma distância enorme do benchmark de 12,6%. Para tal resultado contribuíram alguns imóveis reavaliados e outros alienados, ao mesmo tempo em que outros tiveram os seus contratos de aluguel reajustados.
Carlos Tadeu acredita que 2013 será um ano mais difícil. Na renda variável, a Bolsa já viveu três meses em cenário de baixa. Já na renda fixa, quem marca a mercado, como a Fapes, tende a perder valor com os papéis que possui toda vez que os juros sobem.
Diante disso, a estratégia da Fapes para 2013 será esperar as oportunidades que surgirem para voltar à Bolsa. “Hoje temos 22% em renda variável e gostaríamos este ano de chegar a 25% ou 26%”, diz Carlos Tadeu, que antecipa também o desejo de ainda em 2013 investir algo no exterior.
Fonte: Diário FP (02/04/2013)

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