quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fundos de Pensão: As próximas prioridades da Previc, segundo seu diretor


Apreciados na segunda-feira (20) os destaques que ainda restam votar na nova resolução que passa a reger a retirada de patrocinadora, as atenções da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) voltam-se nesse próximos meses para questões como a certificação, a plena implementação das Resoluções CNPC 9 e 10 e IN Previc nº 1, uma visão mais detalhada dos custos dos planos e sua redução, informações fornecidas aos participantes, investimentos no exterior e estudos de segmentação. Quem informou dessas prioridades da PREVIC foi o seu Diretor de Assuntos Atuariais, Contábeis e Econômicos, Edevaldo Fernandes da Silva, ao falar no painel sobre “Novas Regras na Gestão de Recursos da Previdência Complementar”, no 7º Congresso Anbima de Fundos de Investimento. Ele acrescentou, porém, que todos esses temas serão alvo de mudanças pontuais, sendo as alterações mais estruturantes deixadas para 2014. Ao seu lado na mesa estava também o representante da Abrapp no Conselho Nacional de Previdência Complementar, Reginaldo José Camilo.
Edevaldo explicou, quanto às informações aos participantes, hoje reguladas pela Resolução CGPC 23, que o intuito da PREVIC é discutir em torno de uma minuta com a Abrapp, Anapar e representação dos participantes e instituidores no CNPC, tendo como objetivo encerrar o assunto em princípio até outubro próximo. No que diz respeito à segmentação, adiantou que o que se busca é tratar os desiguais desigualmente diferenciando-os não apenas pela dimensão de seu patrimônio, mas também por outras de suas características, a começar do tipo e maturidade do plano e passando por vários outros fatores constitutivos.
Após oferecer muitas evidências do quanto os cenários mudaram nos últimos anos e, especialmente, de um ano para cá, Edevaldo observou que essas mudanças trazem papéis novos para todos os envolvidos. Os dirigentes e gestores estão certamente obrigados a mostrar uma cada vez mais elevada qualificação, em face de suas novas responsabilidades e pelos conhecimentos e habilidades requeridas a mais pelo dever de diversificarem os investimenos em busca da rentabilidade perdida. Já o participante, de quem sempre se cobrou um acompanhamento mais atento dos resultados oferecidos pelo seu fundo, precisa agora além disso definir as suas expectativas em relação ao valor de sua aposentadoria e fazer o que for necessário para alcancá-las.
Envolver o participante é tão indispensável - e urgente - que Reginaldo José Camilo, por sua vez, sugeriu ter chegado o momento de se trocar a expressão “educação previdenciária” por “conscientização previdenciária”, algo que por sua prioridade deve figurar como política de Estado.
Algo que combina com uma visão de longo prazo que deve ser perseguida e para a qual, segundo Reginaldo, poderia contribuir um maior alinhamento entre duas áreas das entidades, a de investimento e a atuarial. O foco desse esforço combinado deve estar colocado no desenvolvimento de produtos adequados e de longa duração.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão (16/05/2013)

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