sábado, 19 de abril de 2014

Aposentadoria: Pesquisa mostra que 66% dos brasileiros não pensam no futuro

O brasileiro, de forma geral, não se prepara financeiramente para a aposentadoria. É o que revela pesquisa realizada pelo portal Meu Bolso Feliz (www.meubolsofeliz.com.br), pertencente ao SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), que mostra que 66% dos entrevistados não pensam no futuro e deixam para se preocupar com a manutenção do padrão de vida conquistado durante sua trajetória profissional quando já é tarde para isso.
O levantamento mostra que 35,2% dos pesquisados não se preparam de maneira alguma para quando saírem da ativa, e, outros 30,8%, guardam, no máximo, dinheiro que daria para sobreviver pelo período de três meses, caso perdessem o emprego.
A questão é preocupante, segundo o educador financeiro do Meu Bolso Feliz, José Vignoli, já que a expectativa de vida da população vem crescendo. Na década de 1940, os brasileiros morriam, na média, com 42 anos e, agora, vão até os 74.
Além disso, há limitações nas regras da Previdência Social, assinala o consultor e educador financeiro André Massaro. “Para alguém de classe média conseguir manter o padrão de vida, precisará de instrumentos, como a previdência privada ou outros, para acumular dinheiro”, observa.
Vignoli cita que os dados da pesquisa refletem o que já havia sido levantado em outro estudo do portal: que muitas das pessoas (36%) nada sabem ou conhecem bem pouco de suas finanças pessoais. Para ele, a falta de organização financeira causa transtornos até para quem quer contar apenas com a previdência oficial. “Será que estão guardando os documentos para o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social)?”
Massaro concorda que o brasileiro é muito indisciplinado financeiramente, e salienta que a falta de disciplina está na raiz de boa parte dos problemas de orçamento da população. Ele acrescenta que não basta ter informação sobre o que fazer para administrar melhor seus recursos, é preciso mudar de hábitos. Para início de conversa, segundo ele, é preciso gastar menos do que se ganha. Depois, para se preparar para o futuro, é importante guardar dinheiro.

POUPANÇA - Vignoli considera que seria ideal poupar, pelo menos, 10% da renda mensal, como ponto de partida para planejar uma aposentadoria mais tranquila. Massaro concorda que esse é um percentual mínimo para começar.
O educador financeiro do Meu Bolso Feliz salienta que existem momentos da vida do assalariado, como quando ele recebe o 13º salário e o um terço de férias, em que ele pode reservar mais dinheiro. Além disso, se a pessoa tem mais de 40 e ainda não começou a se preparar, deve fazer um esforço maior, principalmente se for mulher, já que a expectativa de vida é maior para elas, observa a economista do SPC Brasil Luiza Rodrigues.
E de que forma poupar? De acordo com a economista, a poupança é indicada para quem quer fazer investimento, mas ainda não tem muito dinheiro ou um mínimo definido para aplicar mensalmente. E, sem cobrança de impostos, taxa de administração e aplicação mínima, é forma simples e segura de começar poupar.
Massaro salienta que não se pode esquecer da Previdência Social, que oferece aposentadoria vitalícia e série de benefícios aos trabalhadores. Fora isso, segundo ele, há opções que podem complementar esse benefício do governo: planos de previdência privada, fundos de pensão oferecidos por empresas e instrumentos de investimentos convencionais, como a aplicação em Títulos do Tesouro, por exemplo.
Fonte: Diário do Grande ABC (19/04/2014)

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