quinta-feira, 29 de maio de 2014

Mundo: Fundos de pensão europeus utilizam novo tipo de plano, misto entre BD e CD puro, chamado Ambição Definida, onde os benefícios são variáveis em relação ao retorno das aplicações

Vejam principais pontos levantados por 30 dirigentes brasileiros de fundos de pensão, representantes da Abrapp (que patrocinou o evento), que participaram do Seminário Internacional  A Estrutura da Previdência na Europa, realizada em Paris entre 15 e 21 de maio de 2014:

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É no laboratório holandês que foi desenvolvido um tipo de plano que foge da dicotomia BD versus CD puro. É chamado de plano de “ambição definida” (AD). O que se quer é mitigar os riscos do patrocinador quando oferece um BD, mas fazendo isso sem repassá-los inteiramente aos participantes, o que parece (sic) acontecer nos planos CD. Para conseguir isso, combina características de um e de outro. Essa combinação de  elementos BD e CD permite juntar  o compartilhamento de riscos (intergeracionais inclusive) dos programas de Benefício Definido com a possibilidade de ajuste nos níveis de renda de aposentadoria do CD. E ainda possibilita o máximo aproveitamento dos mecanismos de compartilhamento de riscos e evitam a oferta de garantias insustentáveis que requerem a revisão de contratos individuais.

A principal diferença entre os contratos BD e AD é a possibilidade de realização de ajustes nos benefícios quando o valor dos ativos e/ou a longevidade mudam. Se a expectativa de vida crescer, a idade de aposentadoria também poderá aumentar e as pensões diminuírem. Em caso de choques negativos no mercado financeiro, os benefícios podem ser reduzidos.
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Mais importante ainda, foi possível ver que a fiscalização atua no sentido de orientar para assim evitar irregularidades.
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Os programas de educação previdenciária visam preparar os participantes para as mudanças, antes que elas aconteçam. Há a preocupação permanente de elevação do nível de transparência, porém com qualidade e conteúdo de informações. 

Com relação aos gestores e conselheiros de fundos de pensão, a visão é de que os cursos universitários são incompletos para preparação, pois as entidades de previdência são entes diferenciados relativamente aos demais encontrados no mercado, envolvendo funções sociais e econômicas, além de atores com diferentes interesses. As mudanças são constantes e as metodologias cada vez mais sofisticadas, ensejando permanente atualização e um crescente desafio.
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Fonte: Diário dos Fundos de Pensão (28/05/2014)

Nota da Redação: O artigo completo O que a Europa Mostra encontra-se neste link.

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