terça-feira, 24 de junho de 2014

Fundos de Pensão: Candidata a presidência pelo PSOL (Luciana Genro) fala em auditoria sobre fundos de pensão para preservar participantes

Veja trecho da entrevista concedida pela candidata Luciana Genro ao UOL e a Folha SP onde fala sobre fundos de pensão e pede auditoria :

"...
E a dívida pública deveria ser tratada como? Porque hoje ela é basicamente uma dívida interna.
Exatamente. Uma dívida interna onde os bancos são os maiores credores. A resolução, inclusive, que nós tiramos na nossa convenção, é de que nós iríamos fazer a auditoria da dívida, a exemplo do que ocorreu no Equador, e o Equador conseguiu anular 75% da sua dívida com base nessa auditoria. Temos, inclusive, a Maria Lúcia Fattorelli, que é coordenadora da auditoria cidadã da dívida que participou da auditoria do Equador. E, nesse processo da auditoria, a suspensão do pagamento preservando os interesses de pequenos poupadores, preservando os interesses dos trabalhadores que têm seu dinheiro nos fundos de pensão, e buscando uma renegociação a partir dessa auditoria.

Deixa eu entender. Para ficar bem claro para quem nos assiste. Caderneta de poupança: quem teria dinheiro em caderneta de poupança nesse período de auditoria, como a sra. diz, da dívida interna, teriam preservados os seus recursos depositados e os seus rendimentos que ainda existem pelas regras atuais?
Caderneta de poupança é intocável.

Qualquer valor da caderneta?
Nós estamos falando dos títulos da dívida pública que são…

Primeiro, só para excluir então, caderneta de poupança, qualquer valor deposita, fora, título de dívida pública, são essas aplicações que pessoas fazem, ou empresas, nos bancos, os CDBs, títulos do Tesouro, ou títulos inclusive emitidos pelos próprios bancos, são esses daí que seriam auditados. É isso?
Isso. A CPI da dívida pública, que foi inclusive encabeçada pelo Ivan Valente na Câmara Federal, ela identificou justamente esse perfil dos credores, não se consegue identificar tudo porque o Banco Central não fornece essas informações, mas nós queremos preservar os trabalhadores, os fundos de pensão das aposentadorias e queremos acabar com a especulação, porque o que ocorre hoje é que nós temos uma situação em que os especuladores pegam dinheiro emprestado, por exemplo, nos Estados Unidos a juros baixíssimos e vêm aplicar nos títulos da dívida pública brasileira ganhando um monte nessa transação. Esse tipo de negócio não interessa ao país.

Para quem nos assiste, essa medida requereria que se interrompessem em algum momento o pagamento que é feito de juros sobre essas aplicações, ou isso só seria feito ao final da auditória? E, número dois, quando a sra. fala em proteger os pequenos aplicadores e os fundos de pensão, no caso dos pequenos aplicadores, qual seria a faixa de corte para saber quem é pequeno e quem não é?
Nós não chegamos nesse grau de detalhamento…"
Fonte: site Boa Informação (24/06/2014)

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