sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Fundos de Pensão terão novos estímulos para fomentar ingresso de jovens empregados sem noção

Previdência empresarial terá novos estímulos 

Falta de educação financeira e previdenciária faz novas gerações de funcionários recusar planos de aposentadoria custeados em igual proporção por suas companhias para reter talentos. 
A Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC) prepara pelo menos 4 medidas para estimular o segmento de planos empresariais de previdência privada e fomentar a entrada de participantes jovens nos fundos. 
Os planos empresariais são aqueles em que os funcionários contribuem com uma parcela dos salários, e as empresas mediante benefícios fiscais entram com outra fatia de recursos como contribuição aos fundos de previdência complementar fechada (fundos de pensão). 
Entre as alterações propostas estão a postergação da opção pelo participante das tabelas progressiva ou regressiva do imposto de renda (IR) para o momento do início do benefício, quando o recurso investido ao longo do tempo será transformado em renda. 
Atualmente, os novos participantes precisam decidir sobre essa opção em apenas 30 dias, o que provoca dúvidas e até recusas de adesão aos planos empresariais. "Temos a necessidade de programas de educação financeira e previdenciária", diz o secretário adjunto da SPPC, José Edson da Cunha Júnior, após Seminário de Previdência 2014, realizado ontem, em São Paulo, pela multinacional de serviços de previdência Towers Watson. 
Outra novidade será a criação de um produto financeiro semelhante ao existente na previdência aberta, o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL), mas agora para a previdência fechada. "Uma parcela dos funcionários das empresas fazem a declaração de ajuste anual do IR pelo modelo simplificado. O benefício fiscal ficava restrito aqueles que faziam a declaração completa." 
A SPPC também estuda permitir o resgate parcial das reservas acumuladas pelos planos. "Se ele está precisando numa emergência, ele vai e saca tudo e deixa o plano", contextualiza o secretário sobre a legislação atual que permite a retirada de 100% dos recursos, mas com a saída automática do plano empresarial. 
Outra iniciativa estudada será o compartilhamento dos riscos de longevidade com as seguradoras. As medidas, no entanto, dependem de mudanças na legislação por meio de votações no Congresso Nacional ou de resoluções do regulador. "Essas alterações já estão sendo discutidas e são fomento na veia dos planos, mas depende do timing político para ser aprovado", diz.

Crise setorial 
Uma fonte presente ao evento afirmou que o segmento de previdência fechada passa por uma crise de adesões da novas gerações e por corte de custos dos patrocinadores. "Nesse ano, três empresas pediram o desligamento dos planos, fecharam as carteiras e distribuíram o patrimônio aos participantes", disse a fonte do setor de planos empresariais.
Fonte: DCI (12/09/2014)

Nota da Redação: As mudanças são bem vidas e devem-se a falhas claras e nunca assumidas de relacionamento e comunicação das EFPC's junto aos novos colaboradores das patrocinadoras. É raro ver uma ação de educação previdenciária junto a este público.

2 comentários:

  1. Faltou a a disponibilização imediata e de 100% da contribuição do empregador ao participante, geralmente não prevista nos casos de portabilidade, alguns casos de aposentadoria antecipada, etc., etc.

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    1. Somente nos planos de Contribuição Definida (CD), que são planos totalmente financeiros e individuais, em que não existe a solidariedade/ mutualidade entre participantes assistidos, é possível haver resgate/portabilidade incluindo 100% das contribuições das patrocinadoras. Em planos BD ou CV um % das patrocinadoras deve sempre ficar no plano para bancar esta solidariedade e compor os fundos previdenciários destinados a este fim.
      O problema é fazer compreender aos novos empregados que o fundo de pensão (desde que não esteja em déficit) sempre foi e será um bom negócio, o melhor do mercado, independente de seu tipo, pois apresenta um retorno de longo prazo de no mínimo 100% sobre seu capital investido e corrigido e no médio e curto prazo no mínimo seu capital corrigido. Lamentável que as Entidades não saibam vende-los aos jovens! Vide este post: http://aposentelecom.blogspot.com.br/2014/04/fundos-de-pensao-entenda-de-uma-vez-por.html
      Sinceramente, penso que as 4 medidas acima não fomentarão o sistema. Só o marketing bem feito é que ´poderá reverter a estagnação do sistema.
      Abs,

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