quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Fundos de Pensão: Na busca pela autorregulação, entidades tentam convencer que a definição da comunicação com participante será prioritária

Em reunião na última sexta-feira, 24, a Comissão Mista de Autorregulação, constituída por Abrapp, Sindapp e ICSS, decidiu que o objeto de início para a autorregulação do sistema será a informação ao participante. Com isso, será criado um código de autorregulação para alinhar as regras de informação e comunicação com o participante dos fundos de pensão. Atualmente, existe uma discussão entre o sistema de fundos de pensão com a Previc para reduzir as exigências regulatórias do processo de comunicação com os participantes.

De acordo com José Luiz Taborda Rauen, diretor-presidente da Fundação Sanepar e diretor do Sindapp, o foco da comissão agora será em criar o código, o que exige discussão de uma proposta com toda a indústria de fundo de pensão. “O que temos pela frente é o 35º Congresso da Abrapp. O objetivo do painel sobre autorregulação durante o congresso será o convencimento do sistema; chamar a atenção para o tema dos dirigentes das fundações para a importância da autorregulação”, explica o executivo.

Em seguida, a comissão trabalhará na construção de um cronograma com os passos para a construção do primeiro código. “Colocando o código de vigência, vamos criar um crivo para concessão de um selo Abrapp de qualidade. Aí falamos de certificação de processos que vamos conceder às entidades”, explica Rauen.

Durante a reunião também foram definidos os princípios para a autorregulação do sistema. “Nosso consultor fez uma pesquisa de sistemas de autorregulação pelo mundo e trouxe alguns princípios adotados. De modo geral, vimos que experiências são poucas, então vamos construir nosso modelo único”, destaca Rauen.

Foram eleitos, portanto, três princípios fundamentais. O primeiro deles é o foco no participante. “Queremos colocar isso como mensagem. Em última analise, nos interessa proteger, com regulação ou autorregulação, o cidadão que participa do sistema fazendo sua poupança”, diz o executivo.

O segundo princípio é estabilidade de regras. “O que nos preocupa muito é que a regulação estatal não nos dá essa estabilidade. Quando se fala de sistemas normativos e legais, estabilidade é fundamental para o crescimento”. Rauen também destaca que o terceiro princípio definido foi a busca pela valorização do regime fechado de previdência complementar. “Queremos melhorar o que temos e crescer”.

Fonte: Investidor Institucional (29/10/2014)

Nota da Redação: Alem de haver poucas experiências no mundo com a autorregulação dos fundos de pensão, entregar esta função às próprias entidades seria como deixar os lobos tomando conta dos cordeiros.

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