sexta-feira, 28 de novembro de 2014

INSS: Presidente da Câmara e derrotado nas eleições para governador no RN pode ser o Ministro da Previdência


Derrotado nas eleições ao Governo do Estado do Rio Grande Norte, o atual presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), surge como nome para o Ministério da Previdência Social. Hoje, o cargo é ocupado pelo senador Garibaldi Alves (PMDB). Outra vaga que cabe ao PMDB poderá ser destinada ao senador Eunício Oliveira que, se convidado, abrirá vaga para o suplente Waldemir Catanho, do PT. 

Eunício gostaria de ocupar a pasta da Previdência e construir caminhos para, em 2018, disputar o Governo do Estado ou mesmo à reeleição ao Senado. Esse caminho foi trilhado em 2010 pelo hoje senador José Pimentel que se projetou como Ministro da Previdência. Agora, Eunício começa a pensar no futuro e quer uma vaga na Esplanada dos Ministérios. Outras vagas estão em jogo e o PMDB tenta se manter unido para garantir mais espaço no segundo Governo Dilma. 

O Jornal O Globo trouxe, na edição desta quinta-feira (27/11), reportagem com citações a Henrique e Eunício como ministeriáveis. De acordo com a reportagem, para desfazer a crise criada com o PMDB ao convidar a senadora Kátia Abreu (-TO) para ministra da Agricultura sem conversar com o partido, a presidente Dilma Rousseff sinalizou que poderá indicar o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves para a Esplanada. Em conversa nos últimos dias com o vice-presidente Michel Temer e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Dilma sugeriu nomear Alves para o Ministério da Previdência, no lugar de Garibaldi Alves, primo dele, que retomará o mandato de senador. 
Ao ouvir dos peemedebistas a justificativa de que a Agricultura, que será assumida por Kátia Abreu, sempre foi uma pasta cuja indicação passava pela bancada do partido da Câmara, a presidente sugeriu a troca: dar aos deputados a Previdência, anteriormente indicada pelos senadores. A equação, no entanto, não é tão simples de resolver, porque os deputados concordam com a nomeação de Alves, mas para o Ministério da Integração Nacional. A Previdência é historicamente considerada um “abacaxi”, já que as medidas mais importantes dos ministros da pasta são geralmente cortes impopulares de benefícios. 

Ao sinalizar que dará a Henrique Alves uma vaga na Esplanada, Dilma contraria o que vinha dizendo aos seus auxiliares logo após as eleições: que não faria um Ministério de derrotados nas disputas estaduais. Mas ela já indicou o senador Armando Monteiro (PTB), que perdeu o governo de Pernambuco, para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Henrique Alves foi derrotado no Rio Grande do Norte. Mais dois senadores peemedebistas que perderam eleições para o governo nos seus estados trabalham para garantir um espaço no Ministério: o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (AM), e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). 
Em conversa entre Dilma e Temer, ficou acertado que, em princípio, o PMDB terá seis ministérios: três indicados pelos senadores, e outros três indicados pela bancada da Câmara ou pela direção do partido. Dilma conseguiu de Renan Calheiros o acordo de que Kátia Abreu, que vinha sendo considerada cota pessoal da presidente, seja uma indicação dos peemedebistas do Senado. Dilma deixou claro a Renan que a nomeação de Kátia para a Agricultura é “muito importante” para ela e que, apesar das reações contrárias que surgiram após o vazamento da indicação, não deverá mudar de ideia. 
— Depois de perceber a confusão que criou convidando Kátia para a Agricultura, a presidente propôs a troca desse ministério passar a ser uma indicação do Senado, e a Previdência, com Henrique, da Câmara — contou um peemedebista da cúpula. 
Com Garibaldi e Edison Lobão (Minas e Energia) fora da Esplanada, o partido definirá se Vinicius Lages — indicado por Renan — permanece no Turismo, ou se emplaca Braga ou Eunício na pasta. 
— Estou voltando, porque ninguém se perde no caminho de volta — disse ontem Garibaldi, ao circular pelo Senado.

Fonte: AssPrevisite (28/11/2014)

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