terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fundos de Pensão: Polícia Federal investiga fundos de pensão PETROS (Petrobrás)


A Polícia Federal (PF) abriu uma linha de investigação exclusiva para desvendar irregularidades na Petros, fundo de pensão da Petrobras. Com isso, os advogados da estatal pediram a inclusão da empresa como parte interessada no processo para acompanhar as investigações. Um auditoria internacional, contratada pela Petrobras, abriu uma investigação paralela para analisar as contas do fundo. O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é suspeito de intermediar uma reunião entre representantes de um fundo de investimento comandado pelo doleiro Alberto Youssef e a Petros.

Em depoimento à PF em agosto, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, um dos principais auxiliares de Youssef, afirmou que entre 2005 e 2006 Vaccari frequentou regularmente a empresa do doleiro em São Paulo para tratar de negócios com fundos de pensão com um operador do doleiro. A CSA Project Finance - empresa que estava no nome do advogado, mas era controlada por Youssef – intermediou a venda de títulos de uma indústria de Barra Mansa, no interior do Rio, para a Petros.

Carlos Alberto afirmou em seu depoimento que o investimento foi de R$ 13 milhões – só de propina foi pago R$ 500 mil a ex-gerentes do fundo. Ele disse ainda que as negociações foram discutidas entre Claudio Mente, que seria sócio de Youssef na CSA, e João Vaccari Neto.

Indagado sobre os encontros quando o depoimento de Paulo Roberto Costa veio à tona, Vaccari Neto afirmou, em outubro, que era amigo pessoal de Mente e, por isso, esteve na sede da CSA. O tesoureiro do PT, no entanto, negou ter feito qualquer negócio com ele.

Ainda na primeira fase da operação Lava Jato, os policiais apreenderam em um dos escritórios do doleiro Alberto Youssef um computador com 12 arquivos de informações dos negócios operados por ele na Petros.

Posicionamento da Petros
Leia na íntegra o comunicado enviado à imprensa nesta terça-feira:

"A Petros informa que o investimento em IMV, citado nas supostas investigações, foi realizado em 2006, seguiu a legislação vigente e  passou por análise técnica: contou com rating "A" da Austin Rating, o que representava baixo risco de crédito, e oferecia retorno adequado aos padrões de mercado, pois era corrigido pela variação do IGP-M, acrescido de juros de 11,50% ao ano. O investimento seguiu as políticas de governança da Fundação na época,  tendo passado pelo Comitê de Investimentos, órgão técnico formado por gerentes executivos da Diretoria de Investimentos da Petros, para posterior deliberação da Diretoria Executiva.

A Petros informa ainda que não recebeu qualquer notificação da Polícia Federal sobre o assunto e, caso receba, prestará todos os esclarecimentos necessários sobre os investimentos em questão."

Fonte: O Tempo (24/02/2015)

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