domingo, 15 de fevereiro de 2015

Mundo: 60% dos mexicanos não contribuem para os Fundos de Pensão


Quase duas décadas após a criação do Sistema de Ahorro para el Retiro (SAR), apenas quatro em cada dez mexicanos contribuem para um fundo de pensão

Os dados foram divulgados pela Comisión Nacional del Sistema de Ahorro para el Retiro (Consar) em relatório anual (2014) enviado recentemente ao Congresso. O documento afirma que no país ainda prevalecem os sistemas de repartição simples, que são “financeiramente inviáveis e consomem cada vez mais recursos”. A Consar alerta: “Quanto mais tempo adiarmos a reforma dos chamados planos de pensão, maior será o custo para toda a sociedade.”

O órgão regulador do sistema previdenciário informou ao legislativo que até o final de 2014 a rentabilidade líquida acumulada sobre os mais de 2,4 bilhões de pesos investidos nos fundos de pensão era de 1,72 bilhão ou 45,2% do saldo do sistema.  “Entre julho de 1997 a dezembro último, a rentabilidade nominal média do sistema foi de 12,5% ao ano. Em termos reais, após descontada a inflação, a rentabilidade real registrada é de 6,2%.”

A fim de persuadir o legislativo a realizar mudanças no SAR, a Consar faz referência a um estudo que revela que os níveis contributivos atuais, as taxas de administração e a rentabilidade obtida pelos fundos permitem que os trabalhadores recebam benefícios de cerca de 60% do salário final da ativa. “A taxa de reposição refere-se à relação entre o nível do benefício e o valor do salário que o trabalhador tinha na ativa.  Por exemplo: se o salário for de 10 mil pesos e, ao se aposentar,  ele receba uma pensão de 6 mil pesos, sua taxa de reposição será de 60%”, exemplifica a Comissão.

Embora esteja em boas condições financeiras, o SAR necessita de mudanças mais profundas que permitam a diversificação dos investimentos “a fim de que os retornos sejam mais elevados”, sobretudo no que diz respeito a investimentos no exterior e em renda variável. Busca-se ainda elevar o nível de contribuição obrigatória, que hoje é de 6,5% sobre os salários, “um dos mais baixos em relação à média internacional”, destaca a Consar.

Além disso, “apenas quatro em cada dez mexicanos contribuem para os fundos de pensão, ou seja, há um imenso universo de pessoas que não está tirando proveito dos benefícios disponíveis no sistema. Por isso, é imprescindível que trabalhemos para elevar a cobertura, sobretudo em relação àqueles que atuam na informalidade”.

Fonte: Suport Consult (15/02/2015)

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