terça-feira, 31 de março de 2015

Fundos de Pensão: Mais um fundo de pensão estatal, o FUNCEF (Caixa), terá equacionamento de déficit em 2016 após terceiro ano abaixo da meta atuarial

De mesmo valor que o plano da Postalis, os planos REG/Replan da Funcef têm déficit superior a R$ 5 bi

O fundo de pensão da Caixa Econômica Federal, a Funcef, encerrou 2014 com seus quatro planos abaixo da meta atuarial, de 12,07%. Os planos de benefício definido (BD), o REG/Replan não saldado e o REG/Replan saldado, obtiveram rentabilidade de 3,79% e 4,16%, respectivamente, enquanto os planos de contribuição variável (CV), o REB e o Novo Plano, encerraram o ano com 5,23% e 6,21% de rentabilidade, respectivamente. Como é o terceiro ano consecutivo sem bater as metas atuariais, o fundo de pensão terá que realizar processo de equacionamento do déficit dos planos BD.

De acordo com comunicado da fundação, os investimentos em renda variável foram os grandes responsáveis pela contração dos resultados. “Em 2014, a carteira foi impactada negativamente pelo resultado do FIA Carteira Ativa II (Vale), que encolheu 27%, e pelo investimento em mercado à vista (ações), que apresentou retorno negativo de 5,07%”, diz o comunicado.

A Funcef destaca que sua participação no FIA Carteira Ativa II, lastreado por papéis da Vale, baixou para R$ 5,6 bilhões na avaliação do final do último exercício e que, nos últimos três anos, as reavaliações sofreram redução de quase 40%, cujo impacto, diz a fundação, decorre principalmente da queda do preço do minério de ferro. O valor da comodity despencou 50% no período. “Ainda no período, o Ibovespa apresentou queda de 11,89% e a rentabilidade do mercado à vista foi de 5,25% negativos”, ressalta.

Positivamente, o destaque foi para os investimentos imobiliários, que tiveram rentabilidade de 16,77% no ano passado contra uma meta de 12,1%. Na carteira de operações com participantes, a rentabilidade ficou em 16,29%, enquanto renda fixa ficou em 12,61%. Já a carteira de estruturados rendeu 7,62% no ano.

Déficit
Por conta dos resultados abaixo da meta e do resultado deficitário por três anos seguidos, a fundação deverá apresentar um plano de equacionamento de déficit dos planos REG/Replan, que contabiliza R$ 5,54 bilhões. Já para os outros planos a medida não será necessária, pois no Novo Plano, o déficit de R$ 30,2 milhões não ultrapassou 10% da reserva matemática, enquanto o REB mantém superávit.

O plano de equacionamento de déficit será apresentado no decorrer deste ano para que seja implementado no primeiro semestre de 2016.

Fonte: Investidor Institucional (31/03/2015)

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