quinta-feira, 9 de abril de 2015

Fundos de Pensão: Planalto e PMDB impedem criação de CPI dos fundos de pensão


O Palácio do Planalto e o PMDB fizeram uma nova força-tarefa no Senado na noite de quarta-feira (8) e conseguiram derrubar a criação de uma CPI para investigar irregularidades em operações de fundos de pensão de empresas estatais a partir de 2003.

Com apoio do governo, os peemedebistas articularam no Senado a retirada de oito assinaturas que apoiavam o pedido de instalação da comissão. Às 21h, havia 34 nomes na lista. Duas horas depois, apenas 26 parlamentares permaneciam no documento –uma menos que o mínimo necessário para a criação de uma CPI.

O Planalto quer evitar a instalação de CPIs que possam levantar suspeitas de corrupção sobre as operações de suas estatais e o PMDB acredita que o partido também poderia ser desgastado caso avançassem apurações sobre os fundos de pensão.

Caciques peemedebistas têm conhecida influência sobre esses fundos –em especial o Postalis, dos funcionários dos Correios.

A oposição, que protocolou o pedido de criação da CPI, pretendia investigar denúncias de desvios milionários no Postalis, no Petros (Petrobras), no Funcef (Caixa Econômica Federal) e no Previ (Banco do Brasil). Seriam apuradas as operações dos fundos a partir de 2003, ano em que o PT assumiu a Presidência da República.

Mais cedo, o PMDB já havia conseguido impedir a criação de outra CPI no Senado para investigar empréstimos do BNDES a entidades privadas ou governos estrangeiros. Após intervenção do governo, seis senadores que tinham assinado o pedido de criação da CPI retiraram suas assinaturas, o que inviabilizou as investigações.

Fonte: UOL (09/04/2015)

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