terça-feira, 21 de julho de 2015

Fundos de Pensão: Peritos do INSS denunciam: HORA DE "LAVAR À JATO" OS FUNDOS DE PENSÃO ESTATAIS E A PREVIC


HORA DE "LAVAR À JATO" OS FUNDOS DE PENSÃO ESTATAIS E A PREVIC


Em breve um novo escândalo na República fará o Petrolão parecer 
trocado de esmola. Já começam os sinais de alerta nos fundos de 
pensão estatais, vítimas de uma década de gestões absurdas e 
irresponsáveis, para dizer o mínimo.

Notícias nos jornais mostram o tamanho do rombo.
Um dos fundos, o Postalis (Correios) já teve que fazer uma espécie 
de resgate e seus filiados terão que pagar altas somas de dinheiro nos 
próximos anos para manter as pensões viáveis. 

Em todos os casos o mesmo modus operandi: gestores dos fundos, 
nomeados pelo governo, assinam contratos de investimentos 
altamente lesivos ao patrimônio do fundo. O dinheiro some em 
offshores e empresas espalhadas por paraísos fiscais, anotadas como 
"prejuízo" e os titulares do fundo (os servidores) arcam com o 
prejuízo. Regras de segurança são varridas para o tapete e o órgão 
responsável por fiscalizar essas operações, a Previc (MPS), atua a 
passos de cágado contra os malfeitos.

Mas de onde vem esses gestores? Voltemos a 2003. Governo Lula 
assume em clima de esperança e felicidade. Os companheiros de luta 
começam a dividir os espaços de gestão onde anos mais tarde seriam 
pegos cometendo ilícitos seja nos bancos públicos (Mensalão), 
Petrobrás (Petrolão) e Setor Elétrico (Eletrolão).

Porém nenhum dos esquemas acima teve o poder e as oportunidades 
encontradas nos Fundos de Pensão de Estatais. A soma de dinheiro 
reservada nesses fundos era de longe a maior reserva financeira 
líquida do Brasil. Os gestores desses fundos possuiam, portanto, 
enorme poder político e grandes oportunidades de investimentos. 
Em tese o investimento deveria se traduzir em lucro aos participantes 
(servidores), mas não foi isso o visto nos últimos anos.

A quem coube o naco dos fundos de pensão? Vejamos uma publicação 
do Sindicato dos Bancários de São Paulo em 2003 (link aqui):
"Em janeiro passado, na bela festa da posse do novo presidente 
da República, bancários sindicalistas de São Paulo assumiram 
postos-chave no novo comando federal. Ricardo Berzoini,
eleito deputado federal em segundo mandato, foi
empossado ministro da Previdência. Luiz Gushiken ficou
com a secretaria de Comunicação do governo, com status
ministerial e função estratégica primordial dentro do governo. 
Sérgio Rosa assumiu a presidência da Previ, fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil.
Além de Berzoini, Gushiken e Sérgio Rosa, o atual presidente do
Sindicato, João Vaccari Neto, chegou a ser cotado para o
comando da Caixa Econômica Federal. Confirmado no
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ele credita o
chamado à sua atuação sindical e à importância da entidade
que preside. “Devo o convite ao cargo de presidente do Sindicato
dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a maior
representação da categoria bancária na América Latina e um dos
maiores sindicatos do país”, destacou, ao assumir. “E é com
essa responsabilidade que tenho a pretensão de fazer chegar ao
Planalto as aspirações e expectativas da categoria que
estarei representando no Conselho”, complementou.
Além dessas lideranças da categoria em São Paulo, a
representatividade dos bancários refletiu ainda nas nomeações
de Sérgio Francisco da Silva, bancário da CEF e que iniciou a
atual gestão do Sindicato como secretário de Finanças, para a
diretoria de Benefícios e Administração da Funcef, o fundo de
previdência do pessoal da Caixa. E o militante banespiano 
Wagner Pinheiro, dirigente da Afubesp e da Fetec-CUT, tornou
-se presidente da Petros, fundo da Petrobras."

Liderados pelos ex-presidentes do Sindicato dos Bancários paulistano
 Ricardo Berzoini e Luiz Gushiken (já falecido), líderes oriundos 
dessa verdadeira escola de quadros do petismo assumiram a cabeça 
de todos os fundos de pensão estatais: Sérgio Rosa assumiu a Previ 
(BB, maior dos fundos), Wagner Pinheiro na Petros (Petrobrás), 
Lacerda na Funcef

Pinheiro conseguiu emplacar seu pupilo, Antônio Carlos Conquista 
(também do Banespa e Afubesp) na GEAP. Depois do escândalo que 
quebrou o fundo do funcionalismo federal, Conquista ficou um tempo
 no Ministério da Pesca, depois conseguiu cargos na Petros até que 
assumiu uma importante diretoria na  Postalis (Correios), do qual 
Pinheiro é o atual presidente, após ficar na Petros durante os oito anos 
do governo Lula.

Guilherme Lacerda assumiu a Funcef no início do governo Lula, 
indicado por Gushiken, líder do Sindicato dos Bancários de São Paulo. 
Quando saiu, em 2012, o PT fez questão de honrá-lo com um cargo  
bom (clique aqui). Lacerda fez uma das mais caras campanhas a 
deputado federal pelo ES em 
2010, com R$ 2 milhões gastos em troca de pouquíssimos votos.

Juntos, Previ, Petros, Funcef e Postalis administram mais de 300 
bilhões de reais. Durante toda a Era PT os filhos e afilhados do 
Sindicato dos Bancários de São Paulo dominaram esses fundos.

O caso de Conquista é peculiar: Assessor de Wagner Pinheiro na 
Petros, foi indicado a gerir a GEAP em 2010. O fundo ficou tão 
destruído que precisou de uma intervenção da Previc . Conquista se 
refugiou em um cargo no Ministério da Pesca e em 2012 foi resgatado
 por Pinheiro para assumir cargo na Postalis, que agora enfrenta uma 
quebradeira sem precedentes.

O órgão responsável por vigiar e controlar esses gestores é a Previc, 
pertencente ao Ministério da Previdência Social. A Previc sempre 
ficou na mão do Ministro Gabas desde a época em que ele era 
Secretário Executivo do MPS. Foi na Previc que Gabas cometeu o ato 
de nepotismo denunciado neste blog em 2013 ao nomear, como 
Ministro, sua esposa em cargo comissionado junto a esse órgão. 
E quem trouxe Gabas para o MPS em 2005? Berzoini.

Gabas foi quem ajudou Conquista a se refugiar no Ministério da Pesca
 quando não teve mais jeito e foi necessária intervenção na GEAP. 
Cabe a Gabas comandar a investigação de seus colegas gestores nos 
fundos de gestão.

Porém Gabas, ele mesmo, é cria do mesmo Sindicato dos Bancários 
de São Paulo. Gabas foi contador da Bancoop, a cooperativa do 
sindicato paulistano envolvida num escândalo de fraude fiscal que 
deixou 3.000 mutuários sem a casa própria (Mas Lula, Gabas e 
Berzoini conseguiram suas coberturas e apartamentos luxuosos).

Ou seja: Comandados por Berzoini e Gushiken, o sindicato dos 
bancários fechou o circuito no sistema de fundos de pensão 
brasileiros: Enquanto quadros bancários eram nomeados gestores e 
diretores dos fundos, Gabas fincado no MPS ficava vigiando seus 
colegas trabalharem. O resultado dessa ação entre amigos é um 
desastre bilionário que ameaça a liquidez dos fundos de pensão 
atualmente,

Os participantes reclamam da lentidão da Previc em investigar e 
punir os casos. Poderiam esperar coisa diferente? Os participantes do 
Postalis cogitam processar a Previc pelo rombo nas contas do fundo 
dos correios. 

O rombo para esse ano já atinge R$ 43 bilhões nos fundos de pensão 
públicos. As notícias já dão conta de negócios escusos e desvios 
bilionários perpetrados nos últimos anos.

Quem quiser lavar à jato os fundos de pensão de estatais precisa 
seguir o rastro do Sindicato dos Bancários de São Paulo. A Bancoop 
foi o treino, os Fundos foram a prática. E sempre por trás deles, 
Carlos Gabas responsável por atestar a veracidade das operações, 
seja no Conselho Fiscal da Bancoop, seja comandando a Previc.

Fonte: Blog dos peritos do INSS, perito.med.br (21/07/2015)

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