segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Fenapas: FENAPAS emite comunicado em que rejeita proposta da Sistel de cobrir buraco do PAMA com superavits exclusivos do plano PBS-A


Conheçam a íntegra do comunicado da FENAPAS, Resumo das Negociações do PAMA, assim como o Relatório do Grupo de Trabalho que estudou as possibilidades de salvamento do PAMA formados por conselheiros deliberativos eleitos e designados da Sistel e os motivos mais detalhados dos conselheiros terem rejeitado a proposta:


Resumo das Negociações do PAMA


Complementando tudo o que já foi dito, a proposta da SISTEL, resumidamente, foi:

- Todo o superávit existente no PBS-A, correspondente aos últimos seis anos, seria transferido para o PAMA;

- Mesmo assim, não estaria garantida a perenidade do PAMA;

- Havendo necessidade de mais recursos estes seriam buscados em superávits futuros;

- Com a concordância da FENAPAS, Associações e Conselheiros Eleitos, a porteira estaria escancarada. Colocaríamos em risco o plano previdenciário PBS-A.

- As melhorias implementadas seriam mínimas:
  - permanência do cônjuge sobrevivente nas condições originais;
    -  desistência do PCE sem encontro de contas, após 24 meses de contribuição;
   -  contribuição única para casais sistelados (81 casos);
     -  não cobrança de coparticipação para cirurgia de catarata.

Além disso:
- Não garantiam reajuste pelo INPC;
- Não adotariam a Rede Nacional Bradesco;
- Não preservariam o superávit de quem não usa o PAMA;
- Não readmitiriam quem teve o plano cancelado (mas o superávit iria para o PAMA);
- Não concordaram com utilização de apenas parte do superávit;
- Não cancelariam os 3 últimos reajustes;
- Utilizariam o superávit do PBS-A para cobrir o PAMA dos demais planos.
- Teríamos que desistir de todas as ações judiciais sobre o PAMA.

A possibilidade de cancelar o reajuste de 61,01% só foi aventada pela Adriana após o encerramento dos trabalhos do GT.

PORTANTO, COLOCARÍAMOS EM RISCO O PLANO PREVIDENCIÁRIO, ENTREGARÍAMOS BILHÕES PARA  A SISTEL COBRIR O DÉFICIT ATUARIAL DO PAMA QUE FOI GERADO PELA FALTA DE CONTRIBUIÇÃO DAS PATROCINADORAS E TERÍAMOS O PLANO DE SAÚDE MAIS CARO DO BRASIL COM QUASE NADA EM TROCA.


RELATÓRIO SOBRE O GRUPO DE TRABALHO DO PAMA

O Grupo de Trabalho realizou cinco reuniões para buscar soluções para o déficit do PAMA.
O GT foi constituído pelos quatro Conselheiros Eleitos pelos Participantes , quatro Conselheiros indicados pelas patrocinadoras e teve também a participação não decisória da Diretora de Saúde da SISTEL.
Foram contratadas duas Assessorias para dar suporte aos estudos necessários, uma jurídica (Machado & Meyer)  e outra atuarial (RODARTE).
A única alternativa apresentada foi a utilização dos superávits do plano previdenciário PBS-A para cobrir o déficit do PAMA. Os cálculos atuariais apontaram a necessidade de utilização do valor total dos superávits dos anos de 2009 a 2014, num valor total de R$ 3.300.000.000,00.
O valor seria integralmente transferido para uma conta. Desta conta inicial seria aportado, de imediato, 50% e o restante seria sacado em 35 parcelas mensais.
Havendo necessidades adicionais, os superávits futuros também seriam utilizados para cobrir déficits do PAMA.
Em contrapartida os Conselheiros Eleitos apresentaram um rol de reivindicações visando obter melhorias, bem como solucionar deficiências existentes no plano de saúde.
Após exaustivas discussões, na reunião final do GT, realizada em 21 de julho de 2015, tivemos a consolidação final dos trabalhos  e os resultados foram os seguintes:

1. PLEITOS ATENDIDOS
·         - Permanência do cônjuge sobrevivente nas condições originais do plano;
·         - Saída (desistência) do PCE sem necessidade de encontro de contas, desde que o usuário tivesse permanecido por pelo menos 24 meses como contribuinte;
·         - Contribuição única para casais Sistelados mediante solicitação;

2. ATENDIMENTOS PARCIAIS OU NÃO GARANTIDOS
·         - Reajuste pelo INPC não garantido, em razão das variantes existentes. Não só o limite do reajuste não ficou garantido, como também futuros superávits poderiam ser utilizados, se houvesse necessidade;
·         - Não cobrança de coparticipação nas cirurgias ambulatoriais. Somente ficaria isenta a cirurgia  de catarata. As demais cirurgias ambulatoriais permaneceriam com a cobrança da coparticipação.
·         - Parecer do CF sobre o estudo apresentado pela RODARTE. Alegaram não ser atribuição do CF e aceitariam apenas manifestação do órgão;

3. PLEITOS NÃO ATENDIDOS
Utilização de apenas 40% do superávit. Segundo os estudos atuariais, a necessidade do PAMA não seria atendida;
Cancelamento dos 3 últimos reajustes. Os reajustes de 12,6 e 32,6% estavam fora de cogitação de serem cancelados. Quanto ao reajuste de 61,01% a Sistel achou arriscado expurgá-lo em razão das ações judiciais em andamento que eles consideram com grande chance de sucesso, o que poderia ocasionar uma responsabilização do Conselho Deliberativo;
Retorno dos cancelados após o reajuste dos 61,01%. Idem item anterior.
Adoção da Rede Nacional Bradesco. Impossibilidade em razão do aumento de custos da ordem de 24,7%, segundo afirmação da Diretora de Saúde.
Preservação do superávit dos PBSs que não usam o PAMA. Seus superávits também seriam utilizados. Nossa Assessoria Jurídica apontou que esta questão suscitaria ações judiciais questionando a medida.
Não utilização do superávit do PBS-A para os demais planos que têm direito ao PAMA Segundo a SISTEL, não haveria como segregar as submassas. Iriam participar da solução sem dispor de seus superávits, o que também ocasionaria demandas judiciais, conforme nossa Assessoria Jurídica.

5. OUTROS ITENS
Além dos itens acima podemos destacar:
Retorno aos percentuais originais de coparticipação. Embora a Sistel tenha concordado em atender o item, ele faz parte da sentença da Ação que determina que não deve ocorrer alterações no Regulamento.
Após 8 consultas anuais aumentar a coparticipação. Não há necessidade, pois o perfil de utilização está dentro dos parâmetros;
Coberturas idênticas para o PAMA e PCE. Já são idênticas, pois é o rol da ANS que é o padrão.
Avaliação atuarial a cada 2 anos. Será anual e havendo necessidade será suprida pela Reserva Especial existente (superávit).
Manter a responsabilidade das patrocinadoras. É uma obrigação já formalizada.

6. QUESTÕES FUNDAMENTAIS A SEREM CONSIDERADAS:
A Diretoria da SISTEL negou-se a apresentar o Parecer Jurídico contratado à Empresa Machado Mayer que embasava a utilização legal do superávit, que pertence ao plano previdenciário, para suprir o déficit do PAMA, que é um plano assistencial. A ação não estaria prescrita? O Fundo de Compensação e Solvência poderia ser interpretado como se fosse o superávit? Sem esta segurança jurídica,  os Conselheiros não poderiam aprovar a proposta, pois poderiam ser responsabilizados, inclusive com o comprometimento de seus bens. 
As premissas adotadas pela empresa contratada para realizar os estudos atuariais, em nossa opinião, superdimensionou as necessidades. Poucas empresas no Brasil têm um capital da ordem de 3,3 Bilhões. É uma cifra monstruosa. De acordo com os estudos, o último usuário do PAMA iria viver até o ano de 2090. Se dividirmos o valor dos superávits envolvidos pelo número de usuários do PAMA teríamos um valor de aproximadamente R$ 100.000,00 per capita. E as coparticipações do PAMA e as contribuições mensais do PCE não seriam extintas. Seria, provavelmente, o plano mais caro do Brasil e com a qualidade que todos nós conhecemos.
Os controles e as informações sobre o PAMA e sobre o PCE não são apresentadas pela SISTEL  com a transparência necessária para que possam ser analisadas. Mesmo assim, foi possível observar que as mensalidades do PCE estão sendo reajustadas para cobrir as despesas do PAMA, ou seja, quem paga o PCE está cobrindo o déficit do PAMA, cuja responsabilidade é das Patrocinadoras, conforme estabelece o Artigo 77 do Regulamento do PBS-A.
Outro ponto a ser considerado é que todos os participantes do PBS-A teriam seus superávits destinados ao PAMA, inclusive aqueles que tiveram seus planos cancelados em anos anteriores, mas não seriam reintegrados ao PAMA, numa clara situação de injustiça.
Resumidamente, os ganhos obtidos na proposta apresentada seriam:
                - Permanência do cônjuge sobrevivente nas condições originais;
                - Possibilidade de desistência do PCE para quem contribuiu com pelo menos 24 meses;
                - Contribuição única para casais Sistelados (81 casos);
                - Isenção de coparticipação nas cirurgias de catarata.
Ou seja, abriríamos mão do superávit e tudo continuaria com a mesma qualidade precária que ora temos.
Em suma, a proposta apresentada era muito boa... para as patrocinadoras e para a SISTEL, mas não para os Assistidos.

EM TEMPO: (1) Na REDEL de 26-08-2015, houve uma leve sinalização de que a SISTEL está estudando outra alternativa para o PAMA. (2) Há rumores de que uma ação judicial pedindo que os 10% destinados ao plano de saúde, na ocasião dos cálculos da aposentadoria, sejam reintegrados ao benefício mensal.

PORQUE A PROPOSTA DE SOLUÇÃO DO PAMA NÃO FOI ACEITA

1.       HÁ DÚVIDAS NA INTERPRETAÇÃO DE QUE O FUNDO DE COMPENSAÇÃO E SOLVÊNCIA POSSA SER CONSIDERADO SUPERÁVIT. O FCS FOI CRIADO PELAS PATROCINADORAS EM UM ACORDO, ENTRE ELAS. EXISTIAM R$ 625.000.000,00 NO FCS EM 2000, MAS ELE FOI DESTINADO A COBRIR DÉFICITS DE OUTROS PLANOS PREVIDENCIAIS, COM EVIDENTE PREJUÍZO AOS PARTICIPANTES DO PBS-A. HOJE ELE NÃO EXISTE, OU ESTÁ ZERADO. O SUPERÁVIT ESTÁ PREVISTO NA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA (LEI 6435/77 E LC 109/2001).

2.       A DIRETORIA DA SISTEL NEGOU-SE A MOSTRAR O PARECER JURÍDICO DA ASSESSORIA JURÍDICA CONTRATADA. SEM ESTE RESPALDO LEGAL OS CONSELHEIROS NÃO ESTARIAM SEGUROS PARA TOMAR DECISÕES.

3.       AS PREMISSAS ADOTADAS PELA EMPRESA RODARTE, CONTRATADA PARA REALIZAR OS CÁLCULOS ATUARIAIS, ESTÃO SUPERDIMENSIONADAS. COMO EXEMPLO, VALE CITAR QUE O ÚLTIMO USUÁRIO DO PAMA IRIA VIVER ATÉ O ANO DE 2090. COM TAIS PREMISSAS, SERIA NECESSÁRIA A TOTALIDADE DOS SUPERÁVITS EXISTENTES, RELATIVOS AOS ANOS DE 2009 A 2014 PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DO PLANO DE SAÚDE.

4.      APROVADA A PROPOSTA APRESENTADA TODO OS SUPERÁVITS ATUAIS E FUTUROS, SE NECESSÁRIO, ESTARIAM COMPROMETIDOS PARA COBRIR DÉFICITS DO PAMA. VALE LEMBRAR QUE ESTÁ EM CURSO UM PROJETO PARA REDUZIR A RESERVA DE CONTINGÊNCIA PARA 10%. PORTANTO, ESTARÍAMOS COLOCANDO EM RISCO O FUTURO DOS BENEFÍCIOS MENSAIS DOS PARTICIPANTES.

5.      NOS ESTUDO APRESENTADOS ESTAVA PREVISTA A UTILIZAÇÃO DO SUPERÁVIT DO PBS-A PARA SUPRIR NECESSIDADES DE OUTROS PLANOS PREVIDENCIÁRIOS SEGREGADOS, OU SEJA, UTILIZARIA-SE OS RECURSOS DOS PARTICIPANTES DO PBS-A PARA SOLUCIONAR O PLANO DE SAÚDE DE OUTROS PLANOS, SITUAÇÃO QUE NÃO SE SUSTENTA LEGALMENTE.
 
6.      A PROPOSTA APRESENTADA CONTRARIA O ARTIGO 3º, § 1º DA CGPC nº 14 QUE ESTABELECE QUE “OS RECURSOS DE UM PLANO DE BENEFÍCIOS NÃO RESPONDEM POR OBRIGAÇÕES DE OUTRO PLANO DE BENEFÍCIOS OPERADO PELA MESMA EFPC”. TAMBÉM A LEI 6435/1977 E A LC 109/2001 NÃO PREVEEM TRANSFERÊNCIAS DE VALORES PARA OUTRO PLANO.

7.      A APROVAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO SUPERÁVIT PARA OUTRA FINALIDADE QUE NÃO A PREVISTA NA LEGISLAÇÃO CARACTERIZARIA A RENÚNCIA DE DIREITO  DOS PARTICIPANTES, MORMENTE AQUELES QUE NÃO USUFRUIRÃO DO PLANO DE SAÚDE, GERANDO, CONSEQUENTEMENTE FUTURAS AÇÕES JUDICIAIS.

8.      OS SUPERÁVITS DOS PARTICIPANTES QUE TIVERAM SEUS PLANOS CANCELADOS POR DIFICULDADES FINANCEIRAS SERIAM UTILIZADOS PARA SOLUCIONAR O DÉFICIT DO PAMA, MAS ELES NÃO SERIAM REINTEGRADOS A ELE, NUMA CLARA SITUAÇÃO DE INJUSTIÇA QUE RESULTARIA EM DEMANDAS JUDICIAS,

9.      OS PLEITOS DOS CONSELHEIROS ELEITOS FORAM MINIMAMENTE ATENDIDOS. AS MELHORIAS QUE SERIAM INCREMENTADAS SERIAM QUASE INSIGNIFICANTES (VEJA NO RELATÓRIO COMPLEMENTAR, ANEXO).

10.  ACEITA A PROPOSTA A FENAPAS E AS ASSOCIAÇÕES COM AÇÕES JUDICIAIS SOBRE O PAMA TERIAM QUE TRANSACIONÁ-LAS (DESISTÊNCIA). NENHUMA TEVE O MÉRITO JULGADO ATÉ O PRESENTE MOMENTO. HÁ BOAS CHANCES DE SUCESSO.

11.  A DESTINAÇÃO TOTAL DO SUPERÁVIT CORRESPONDE A UMA CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL DE CERCA DE R$ 100.000,00. MESMO ASSIM, PERMANCERIAM AS COBRANÇAS DAS COPARTICIPAÇÕES E DAS MENSALIDADES DO PCE, OU SEJA, TALVEZ TIVÉSSEMOS O PLANO MAIS CARO DO MERCADO.


 Fonte: FENAPAS, em conjunto com os conselheiros eleitos por ela apoiados (31/08/2015)




TIC: Empresa criada pelo CPqD e pela americana GigOptix, BrPhotonics vai produzir dispositivos fotônicos em Campinas



O ministro das Comunicações Ricardo Berzoini inaugurou, oficialmente, as instalações industriais da BrPhotonics, empresa criada no ano passado a partir de parceria firmada entre o CPqD e a norte-americana GigOptix, Inc. A cerimônia de inauguração, realizada no dia 21 de agosto, também contou com a presença do prefeito de Campinas, Jonas Donizette, e outras autoridades.

Instalada no Pólis de Tecnologia, a BrPhotonics é uma empresa que faz parte do Universo CPqD e tem como foco de atuação o mercado global de dispositivos fotônicos e microeletrônicos para sistemas de comunicações ópticas de alta velocidade – acima de 100 Gb/s. O objetivo é promover a convergência entre as tecnologias fotônicas e de microeletrônica, proporcionando maior densidade de informação (bit por área) nas aplicações de comunicações. Com isso, a BrPhotonics espera atender à demanda crescente por capacidade de transmissão, determinada principalmente pelas aplicações e serviços na nuvem (cloud), de entretenimento on-demand e pelo processamento de grandes volumes de dados não estruturados (big data).

“A fotônica integrada é uma tecnologia estratégica para a evolução dessas aplicações em todo o mundo”, afirma Sebastião Sahão Junior, presidente do CPqD. “E a BrPhotonics foi criada com a missão de levar ao mercado, nacional e internacional, o que há de mais avançado nessa tecnologia, que vem sendo desenvolvida no CPqD nos últimos anos, com o apoio do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), do Ministério das Comunicações, da Finep e do BNDES”, acrescenta.

Para o ministro Ricardo Berzoini, a inauguração da BrPhotonics vai ao encontro de uma das principais missões do Ministério das Comunicações: implantar no país uma política industrial de ciência, tecnologia e inovação na área de telecomunicações. “O CPqD certamente faz parte dessa estratégia e esta inauguração é um ponto importante na trajetória de evolução da tecnologia brasileira em um setor vital das telecomunicações”, enfatizou o ministro em seu pronunciamento. “O Ministério das Comunicações está comprometido com esse viés de desenvolvimento, que vai permitir produzir inteligência e valor agregado no Brasil”, acrescentou.

Já o secretário de Telecomunicações Maximiliano Martinhão destacou o apoio da equipe do Ministério das Comunicações para a criação da BrPhotonics. “Com essa empresa, o Brasil entra em uma área em que não atuava”, destacou. E uma área de ponta, em que poucos países do mundo atuam, como lembrou Júlio César Rodrigues de Oliveira, presidente da BrPhotonics.

“Estamos inaugurando uma fábrica de nível internacional, que abriga toda a cadeia de produção do chip fotônico, da concepção ao encapsulamento e teste”, afirmou Oliveira. Segundo ele, apenas dois países no mundo, além do Brasil, estão fabricando dispositivos fotônicos desse tipo. “Essa é uma grande oportunidade para o Brasil substituir importações e gerar emprego e renda em território nacional”, comentou o ministro.

Fonte: Fatos CPqD (agosto/2015)

INSS revisa 5.482 pensões por morte no Rio onde viúvos(as) recuperarão o corte de 40% do início do ano


O Rio de Janeiro é o segundo estado no país com o maior número de benefícios concedidos de pensão por morte que foram revistos pelo INSS e terão a renda mensal alterada. São 5.482 dentro de um total de 44.718 em todo o Brasil. A revisão surte efeito na folha de pagamento que começou a ser depositada no dia 25 deste mês.

Viúvas e viúvos estão recuperando o corte de 40% imposto pelo governo federal na metade do ano. Além de valor com a renda mensal atualizada, os beneficiários que têm direito à revisão também ganham as diferenças decorrentes dos meses em que o benefício foi pago com base na regra da MP 664. No total, serão pagos mais de R$ 96 milhões (incluindo o valor referente ao atraso).

Como o INSS revisou automaticamente as pensões que tiveram o valor da renda mensal reduzidos, nenhum beneficiário precisa ir até uma Agência da Previdência Social para solicitar a revisão. As informações sobre os valores reajustados (renda mensal atualizada e montante de atrasados a receber) estarão disponíveis nos extratos de pagamento. Para isso, é preciso ter em mãos o CPF e o número do benefício.

A polêmica da mudança
A Medida Provisória 664, que reduziu despesas previdenciárias e trabalhistas para ajuste fiscal, diminuiu o valor da pensão de segurados que morreram a partir de março. Pela regra do período, viúvas sem filhos tinham direito apenas a 60% do benefício. No caso de ter filhos, cada dependente menor receberia 10% do valor, até 100%. A medida foi contestada pelos sindicatos e parlamentares que derrubaram a regra no Congresso. A pensão voltou a ser integral em 17 de junho, quando a presidenta Dilma Rousseff sancionou as mudanças feitas pelos parlamentares.

Antecipação do 13º de pensionista já terá revisão
A antecipação da metade do 13º salários dos pensionistas por morte, que será feito de forma integral no mês de setembro, juntamente com aposentados, já irá incluir o montante proporcional da revisão do benefício, que já começou a ser pago este mês.

O adiantamento do 13º salário dos beneficiários do INSS, que era depositada em agosto desde 2006, foi adiado este ano pela equipe econômica por causa do ajuste fiscal. O Ministério da Fazenda propôs o parcelamento da antecipação em duas vezes, nos meses de setembro e outubro, mas a presidenta Dilma Roussef determinou o pagamento integral em setembro.

Ao explicar a decisão do governo sobre a antecipação, o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, disse que sua pasta e o Ministério da Fazenda buscavam uma “alternativa responsável” para manter o calendário da antecipação que é parte de um acordo que vem sendo cumprido pelo governo há nove anos.

O depósito do adiantamento será creditado junto com o pagamento dos benefícios de acordo com o último número de inscrição do segurado. O dinheiro entraria nos últimos cinco dias úteis do mês e nos primeiros dias úteis do mês seguinte.

O depósito para 28,2 milhões de segurados em todo o país chega a R$ 15,9 bilhões. Do total de beneficiários, 70% recebem benefício no valor de um salário mínimo.

Fonte: O Dia (31/08/2015)

INSS: Governo tenta nova reforma da Previdência com idade mínima, aumento da carência do auxílio doença e redução das pensões


O governo quer enviar ao Congresso, até o final do ano, uma nova proposta de reforma estrutural da Previdência Social para valer já a partir de 2016. As discussões de um novo modelo, sustentável e com financiamento, para o sistema previdenciário começarão na próxima semana numa reunião convocada do fórum da Previdência. A partir do fórum, o governo elaborará um plano formal para encaminhar ao Congresso. Alguns dos itens da pauta são a discussão de uma idade mínima para aposentadoria, mudanças no Fator Previdenciário e ajustes na aposentadoria também do setor público

Um ministro envolvido nas discussões garantiu que não haverá mudanças de regras para quem já está no sistema e que a reforma será feita "olhando para as futuras gerações". Esse ajuste da Previdência, afirma esse ministro, será proposto dentro do compromisso assumido pela atual equipe econômica de ter uma postura transparente e realista com os dados econômicos do país. A mesma postura, acrescentou, estará presente na proposta de Orçamento para 2016, que será encaminhada ao Congresso na segunda-feira, dia 31. 
No entanto, diante da falta de apoio político no Congresso e de desentendimentos no próprio governo, o Orçamento de 2016 não deve estar condicionado à aprovação de medidas para reduzir despesas obrigatórias, como as da Previdência Social (aumento de prazo de carência para benefícios de auxílio-doença, revisão no valor das pensões e fixação de idade mínima). Segundo fonte da equipe econômica, não há clima para propostas assim. 

Fonte: O Globo (29/08/2015)

Planos de saúde de fundos de pensão: Encontro das entidades de fundos de pensão com autogestão de planos de saúde será amanhã

 
Com o aumento da inflação da saúde acima da inflação oficial nos últimos anos, os fundos de pensão que administram planos de saúde para seus assistidos têm buscado soluções que permitam uma formação sustentável das reservas nos próximos anos. Amanhã, dia 1 de setembro, a Abrapp promove em São Paulo o primeiro encontro sobre o tema, que vai reunir 35 entidades que fazem autogestão em saúde. 
“Se a inflação da saúde continuar acima do IPCA, a tendência é que no longo prazo as reservas diminuam, sendo necessário ampliar o valor de contribuição para o plano de saúde”, afirma Luiz Carlos Cotta, diretor-presidente da Faeces (Cesan - ES), e responsável na Abrapp pela autogestão em saúde das entidades. Embora na Faeces a base ainda seja relativamente pequena, com 400 vidas assistidas, Cotta destaca que em outras entidades o plano de saúde já representa parcela signficativa, como na Sanepar, que tem R$ 80 milhões de seus recursos aplicados no plano, e no Metrus, que tem quase R$ 100 milhões. 
No encontro serão discutidos os desafios dos planos de saúde com o aumento da longevidade da massa de assistidos, e com um mercado que não entrega mais os mesmos retornos do passado. “Sem uma boa rentabilidade, é preciso aumentar a contribuição, e é muito ruim aumentar a contribuição da pessoa que ao se aposentar já teve uma redução”, diz o executivo. 

Fonte: Investidor Institucional (31/08/2015)

Aposentadoria: Falsos advogados dão golpe e iludem vítimas com promessas de indenizações de planos de previdência antigos foi matéria do Fantástico de ontem


Bandidos se passavam por advogados e prometiam acelerar o pagamento de indenizações, mas não tinha indenização nenhuma.

 Pilhas de processos. Todos verdadeiros, que correm na Justiça. Era o ponto de partida de um golpe sofisticado e muito cruel. Os bandidos se passavam por advogados e prometiam acelerar o pagamento de indenizações, mas não tinha indenização nenhuma. Era uma armadilha. Teve gente que caiu nessa conversa e perdeu quase R$ 1 milhão.

Veja o vídeo neste link.

No Rio de Janeiro e em sete cidades de São Paulo, policiais federais e da Polícia Civil de Minas fecharam o cerco.  Os golpistas que levavam as vítimas na conversa, dessa vez, se calaram.
Uma aposentada caiu na lábia. Acreditou que receberia indenizações referentes a antigos planos de previdência que ela pagou há mais de 30 anos.

Fantástico: Mas a senhora entrou na Justiça para reaver esse dinheiro lá do fundo de pensão antigo.
Aposentada: Não entrei na Justiça...
Só que as cartas, assinadas por supostos advogados, com número de registro e tudo, diziam que a ação era coletiva e beneficiava todo mundo na situação dela.
“Duas cartas. A primeira eu joguei fora. A segunda, eu falei 'se tão insistindo é porque deve ter alguma coisa'”, conta a aposentada.
Para receber R$ 61 mil, ela teria, primeiro, que pagar as custas do processo: 10% do valor. Ela pagou e não recebeu. Os golpistas então mandaram outra carta, dizendo que a indenização era na verdade de R$ 248 mil, que obviamente nunca apareceram.
Fantástico: E mesmo assim eles pediam que a senhora continuasse depositando?
Aposentada: Sim, mas a título de taxa de documentação, taxa de habilitação, de alvará, de protocolo.
Resultado? Dezessete depósitos. Ela deu R$ 46 mil para a quadrilha.
 
Segundo a polícia, sem sair de casa os estelionatários aplicavam o golpe em vítimas que podiam estar em qualquer parte do país e a central do esquema funcionava em uma casa. O endereço, na Zona Sul de São Paulo, é de Janete Gomes dos Santos, apontada como líder da gangue. Ela foi presa com o marido, Marcos Lucas Eloy.  Janete criou um site de uma falsa associação, onde a vítima podia acompanhar o andamento fictício do processo.
E um detalhe para dar ainda mais veracidade ao golpe. Janete usava números de ações verdadeiras do Tribunal de Justiça de São Paulo. 
“Quando ela consultava no site do Tribunal de Justiça respectivo, constatava que o processo existia,” destaca Flávio Albergaria, delegado da Polícia Federal.
Como geralmente eram ações coletivas, a vítima não estranhava a ausência do próprio nome no processo. E não percebia a fraude. O bando oferecia até assessoria jurídica, fajuta, é claro. O endereço do escritório seria no Centro de São Paulo.
E veja a tacada final para enganar as vítimas. Os bandidos chegavam a fazer depósitos das falsas indenizações.
Fantástico: Quando a senhora viu o valor depositado a senhora acreditou?
Aposentada: Claro!
Só que os depósitos eram depois cancelados porque tinham sido feitos com cheques roubados. Nesse meio tempo, os 10% pagos pela vítima já estavam no bolso da quadrilha.
Foi o que aconteceu com a cliente deste advogado.
“Tentavam dar um conforto para ela dizendo que 'não, a senhora está tranquila, a senhora não vai perder nenhum valor desses, pode ficar tranquila, todos os valores que a senhora está depositando estão sendo auditados’”, diz o advogado da vítima, Márcio Lino.
Com o mesmo truque do cheque roubado, a quadrilha simulou o pagamento de parte dos quatro milhões prometidos. A vítima começou a fazer um depósito atrás do outro.
 
“Eles geravam a expectativa que aquele passo seria o último e ela receberia tanto o que empregou quanto o valor prometido”, conta o advogado.
Total pago aos bandidos: R$ 940 mil.
A polícia também investiga quem fornecia para a quadrilha os cadastros com dados pessoais das vítimas. As cartas com promessa de indenizações eram enviadas principalmente para funcionários públicos e parentes de funcionários públicos, aposentados e pensionistas, que no passado contribuíram para planos de previdência complementar.
“A gente acredita que esse público de servidores públicos e pensionistas eles têm um acesso maior a crédito perante as instituições financeiras para conseguirem empréstimos pra efetuarem os pagamentos exigidos pela organização criminosa pra que ela fosse vítima do golpe”, diz Daniel Araújo, delegado Polícia Civil.
Correspondências e arquivos de computadores foram apreendidos. A quadrilha postava milhares de cartas por mês para fisgar as vítimas.
Denise: Deixa eu te contar, nós vamos ganhar um dinheiro, Janete
Janete: Muito bom!
Denise: Olha, minha filha, hoje foram 2113 cartas.
A polícia relacionou cerca de 80 pessoas ligadas ao grupo. Cinquenta tiveram mandados de prisão decretados. Trinta e oito acusados foram presos nesta semana.

A advogada Christina Pereira, que teve o nome usado pela quadrilha, ficou aliviada.
“O que eu digo para essas pessoas é que se elas receberem alguma notificação com esse pedido pra efetuar algum pagamento antecipado de custas, não façam. Não existe quitação antecipada de custas para efeito de um recebimento maior em dinheiro. Isso é golpe”, destaca Christina Barreto Pereira, advogada.
Um golpe que rendeu R$ 15 milhões aos bandidos. Com os falsos advogados, foram apreendidos mais de R$ 170 mil em dinheiro, além de carros e de um sítio em Atibaia, São Paulo. A polícia está rastreando o dinheiro das vítimas, que era depositado em nome de pessoas físicas e era sacado assim que entrava nas contas.
“Eu gostaria muito de reaver pelo menos o que eu paguei”, diz uma vítima.

Agora, a pessoa que a enganou tem rosto e um nome de verdade. ´É Rosana Alves Pereira.
Vítima: Puxa vida, muito triste, eu não sei o que está acontecendo.
Rosana: É, agora, até eu fiquei triste, agora.
Vítima: Porque o pessoal bota cheque e estorna, bota cheque e estorna.
Rosana: Estorna. Não, mas vamos fazer assim, vamos deixar isso para amanhã porque hoje eu também já estou com a cabeça quente.
Rosana foi presa na quarta-feira (26), na Praia Grande, litoral de São Paulo.

Fonte: TV Globo (30/08/2015)

domingo, 30 de agosto de 2015

Fundos de Pensão: Seguro longevidade poderá transferir recursos de R$ 20 bilhões dos planos previdenciais para as seguradoras


Seguro para fundos de pensão é mercado de R$ 20 bilhões, diz Susep

O compartilhamento de risco de longevidade dos fundos de pensão com as seguradoras deve abrir um mercado inicial de R$ 20 bilhões para essas companhias, segundo estimativa da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os pedidos para a formatação dos primeiros produtos já foram enviados à autarquia e devem ser autorizados, de acordo com Roberto Westenberger, superintendente do órgão regulador, ainda este ano.

Caso de fato sejam aprovados, é possível que a transferência de risco de longevidade dos fundos de pensão gere para as seguradoras, já em 2016, algo em torno de R$ 10 bilhões em seu primeiro ano. Na prática, esse seguro tem como objetivo cobrir o risco de os beneficiários dessas entidades viverem mais que a previsão para o acúmulo de recursos feitos ao longo da vida para a aposentadoria.

"Esse (risco de longevidade) é um mercado novo e extremamente atrativo que está se abrindo para as seguradoras. Os R$ 20 bilhões não serão realizados a curtíssimo prazo, mas ao longo de um horizonte que não é de muitos anos. A necessidade de proteção para o risco de longevidade é imediata", diz Westenberger, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Tal montante representa, conforme ele, 5% de todo o faturamento do mercado de seguros brasileiro no ano passado, de cerca de R$ 400 bilhões, e, por isso, é um "acréscimo substantivo" ao segmento. O superintendente da Susep explica que no caso de um indivíduo viver mais que o previsto terá de desembolsar mais recursos. Esse cálculo é feito com base em uma tábua atuarial, que considera a expectativa de vida dos indivíduos e a renda a ser paga no futuro.

A transferência do risco de longevidade para as seguradoras impede, conforme Westenberger, que ocorra um "curto circuito" para os fundos de pensão e comprometa as reservas para pagar as aposentadorias no futuro. Sobre se o custo do produto seria atrativo para essas fundações, ele diz que a autarquia vai olhar a questão da razoabilidade dos prêmios, mas que o mercado é livre, embora, competitivo. Como as grandes fundações têm estrutura e equipe para fazer essa análise, a expectativa do mercado é de que menores fundos tenham maior interesse pelo produto.

"O próprio mercado vai definir um patamar razoável (de preço) desse seguro. O conceito de caro ou barato tem de ser analisado a luz da possibilidade de um fundo de pensão ter prejuízo ou até não ter reservas para honrar seus compromissos em meio à longevidade crescente na economia brasileira", destaca o superintendente da Susep.

Desde março, os fundos de pensão foram autorizados a transferirem o risco de longevidade para as seguradoras. Começou, então, a corrida por parte das seguradoras para criarem produtos sob medida para esta necessidade. De acordo com Westenberger, a nova solução também está no âmbito do acordo de cooperação assinado no ano passado entre a Susep e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), que regulamenta os fundos de pensão.

Fonte: Estado de Minas (30/08/2015)

sábado, 29 de agosto de 2015

Sistel: Quando teremos a reformulação do estatuto da Sistel para podermos solucionar os principais problemas na Sistel?


O estatuto da Sistel, elaborado em 2006 e aprovado em 2008, principal fonte e motivo dos maiores conflitos hoje existentes na entidade, necessita urgentemente ser reformulado pois não reflete mais o papel de seus membros e agentes: patrocinadoras, participantes, assistidos, conselheiros, diretoria e planos de benefícios. 

A realidade atual, claramente demonstrada nos últimos Relatórios de Administração da entidade, expõe  que os maiores contribuidores dos planos de benefícios da Sistel são os próprios assistidos e participantes ativos dos planos, alem de empresas patrocinadoras, que não são operadoras de telefonia, que não têm direito a sequer um assento fixo nos conselhos da Sistel, fato este que desequilibra e tendencia a governança da entidade.

Mesmo sendo os participantes ativos e assistidos os maiores contribuidores financeiros dos planos da Sistel, sua representação nos conselhos restringe-se a somente 1/3, alem de não elegerem nenhum membro da diretoria, uma herança de um passado pós privatização e totalmente fora da realidade atual de um fundo de pensão. 

Por outro lado, duas operadoras de telefonia, as auto proclamadas patrocinadoras por sucessão após a privatização e que nunca contribuíram e seguem não contribuindo com seus planos, não assumem suas obrigações legais e regulamentares de patrocinadoras como na ocorrência de déficits (PAMA) e ao mesmo tempo insistem em sugar superavits de seus planos, elegem toda diretoria da Sistel e monopolizam as decisões nos dois conselhos da Sistel com 2/3 dos conselheiros por elas designados.

Os maiores problemas na Sistel, como destinação dos superavits do PBS-A, rombo do PAMA e governança paritária e democrática, só poderão ser definitivamente resoltos quando estas auto denominadas patrocinadoras cumprirem com seus deveres e obrigações e quando tivermos um novo estatuto que reflita um equilíbrio de forças proporcional as contribuições e obrigações assumidas.

Afinal para ser patrocinadora e ter direito a assento nos conselhos da entidade existe a obrigação de patrocinar e cumprir com seus deveres e não somente de sugar superavits.

Pela reformulação imediata do estatuto da Sistel, quer seja negociada, como já se tentou várias vezes em vão no passado, ou através da Justiça!


Fundos de Pensão: Federação das Assoc. de Aposentados do BB (FAABB) foi convidada a depor no STJ e na CPI dos Fundos de Pensão


 
Às

Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil

Sr. Presidente,

            No próximo dia 31, estaremos eu e Ruy Brito, representando a FAABB em Audiência Pública no Superior Tribunal de Justiça debatendo com Ministros e outros interlocutores a definição sobre que regulamento é aplicável ao participante de plano de previdência privada para fins de cálculo da renda mensal inicial do benefício complementar. Em linhas gerais, o STJ deverá definir o que vale para calcular a renda mensal inicial de benefícios concedidos pelos Fundos de pensão: se o Contrato de Adesão, quando da posse do funcionário, ou seja o Ato Jurídico Perfeito e o Direito Adquirido ou as regras vigentes no momento da aposentadoria.

            Como Presidente da FAABB tomei a iniciativa de convidar, como nosso expositor, o Ruy Brito, que é reconhecido por todos nós como especialista nessas discussões.

            A convocação do STJ com a ordem dos embates está no link abaixo.


            Também a FAABB foi convocada para a CPI dos Fundos de Pensão. Como tem sido amplamente divulgado pela imprensa, essa CPI tem a finalidade de investigar indícios de aplicação incorreta dos recursos e de manipulação na gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e servidores públicos. O Requerimento foi protocolado na CPI pelo Deputado Pompeu de Matos e leva o número 264/2015.

O Requerimento está no link abaixo:

Requerimento - CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO            

Tanto na Audiência Pública no STJ, quanto na CPI dos Fundos de Pensão, reitero que a FAABB se portará com clareza e ponderação, mas em defesa intransigente da verdade,  velando sempre pelos interesses de participantes e assistidos da PREVI.

Atenciosamente,

Isa Musa de Noronha
Presidente

Fonte: Olhar da Coruja (28/08/2015)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

TIC: Padtec, uma das patrocinadoras de planos da Sistel, registra prejuízo no 1° semestre


Fornecedora brasileira repactuou maior parte da dívida, que passou a ser de longo prazo.

A Padtec, fornecedora brasileira de infraestrutura em telecomunicações, apresentou prejuízo e pequena queda na receita líquida no primeiro semestre deste ano. As perdas foram de R$ 43,76 milhões – no mesmo período do ano passado, teve lucro de R$ 1,4 milhão. A receita líquida encolheu 3% na comparação anual, para R$ 149,64 milhões.

O endividamento aumentou 7%, ficando em R$ 103,48 milhões. Aqui, o resultado vem sendo impactado pelo alongamento dos prazos de pagamento por parte das grandes operadoras. Em compensação, a companhia conseguiu repactuar a totalidade de sua dívida, cuja maior parte passou a ser de longo prazo. Mas não divulgou as datas de maturação.

A Padtec aumentou o capex em 6,6% de janeiro a junho, que passou a ser de R$ 9,88 milhões. O investimento em P&D, porém, caiu  a R$ 14,7 milhões (R$ 26 milhões um ano atrás). O capital de giro caiu 30%, para R$ 200,79 milhões. O EBITDA piorou, ficando negativo em R$ 32,14 milhões, ante resultado negativo de R$ 62 milhões nos primeiros seis meses de 2014. Começou a melhorar em junho, quando a margem bruta foi superior a 33% e o EBITDA terminou o mês positivo em 3,2%.

No segundo trimestre deste ano, a Padtec registrou vendas às operadoras de telefonia de R$ 50 milhões, 36% menores do que no primeiro trimestre. Além disso, fechou junho com backlog (vendas realizadas, a receber) de R$ 40 milhões.

Segundo comunicado da Ideiasnet, dona de 33,8% do capital da Padtec, os resultados são “levemente superiores” ao plano de recuperação estabelecido pela empresa, que tem como meta recuperar os níveis de capital de giro. Na virada do ano a empresa iniciou uma reestruturação que levou à saída do mercado de fornecimento da pequenos provedores, mudanças no comando e reavaliação contábil de ativos.

Entre as medidas tomadas no período, a Padtec demitiu 25% dos funcionários, reviu contratos de parceria com o CPqD, também acionista, para investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias e que representavam 5,6% do faturamento da empresa (anteriormente reconhecidos como ativo diferido e desde o fechamento do exercício de 2014 reclassificados para despesas); e encerrou atividades em mercados fora do Brasil.

Fonte: TeleSíntese (28/08/2015)

Fundos de Pensão: Postalis (Correios) em plena investigação na CPI, propõem alterações no seu estatuto com redução de atribuições do conselho fiscal, mas com eleição de dois diretores


Membro do conselho fiscal faz críticas as alterações 

O Postalis divulgou na semana passada o novo texto de seu estatuto, que deve ser encaminhado para a Previc para aprovação no próximo mês. Entre as alterações em destaque está a escolha dos diretores administrativo-financeiro e o de benefícios por meio de eleição. Segundo o estatuto vigente, esses diretores recebem indicação da patrocinadora. 
Outra mudança é a duração do mandato dos diretores, que passaria de três para quatro anos. O fundo de pensão também pretende abrir para instituidores aderirem ao Postalis, tornando-se assim um fundo multipatrocinado. Além disso, o novo texto do estatuto propõe que dirigentes sindicais e entidades relacionadas possam ocupar cargos nos órgãos estatutários, e inclui a auditoria interna vinculada ao Conselho Deliberativo. 
O novo estatuto também reduz algumas atribuições sob responsabilidade do conselho fiscal. Em termos quantitativos, as competências foram reduzidas de 13 para cinco itens. 

Críticas 
De acordo com o membro do conselho fiscal, Angelo Donga, há medidas positivas no estatuto, como a eleição dos diretores, mas a nova redação dá ao conselho fiscal uma posição meramente burocrática. “O conselho ficará restrito ao exame das demonstrações contábeis, e uma série de outras questões, como análise contábil da gestão, regularidade dos atos, análise dos investimentos, da liquidez e da solvência dos planos, deixam de ficar sob nossa responsabilidade”, destaca. Donga diz que a própria Previc tem cobrado o conselho fiscal como órgão responsável pelo controle interno da fundação de forma geral, e a redação nova do estatuto restringe isso.

Segundo assessoria de imprensa do Postalis, o fundo de pensão diz que, com relação às atribuições do conselho fiscal, o estatuto foi submetido a um aprimoramento do texto e a uma adequação de conteúdo. "Nesse contexto, a nova redação sintetiza as atribuições do conselho fiscal. No entanto, não retira nenhuma de suas competências, uma vez que estas estão definidas nas normas aplicáveis ao regime de previdência complementar e, portanto, são inafastáveis". 
A redação do estatuto passou por audiência pública com os participantes, aprovação pelo conselho deliberativo, Correios e Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) e, após 30 dias de publicação, será enviada à Previc para aprovação. 

Fonte: Investidor Institucional (28/08/2015)


Fundos de Pensão: Entidades capitaneadas pela Abrapp obtêm importante vitória no STJ com decisão do Código de Defesa do Consumidor não se aplicar aos fundos de pensão


STJ: CDC não se aplica às EFPCs e Súmula 321 é revista

Depois de anos de muitas discussões, o Superior Tribunal de Justiça, em votação unânime, decidiu rever a Súmula 321 e adotar novo posicionamento: o Código de Defesa do Consumidor não se aplica às entidades fechadas de previdência complementar. 
Trata-se de uma vitória histórica. No leading case afetado à 2ª Seção do STJ (Recurso Especial 1.536.786/MG, interposto pela Valia), o relator da matéria, Ministro Luís Felipe Salomão, entendeu que o CDC deve ser aplicável apenas às entidades abertas de previdência complementar e às seguradoras. 

Para o advogado Adacir Reis, que representou, em nome da Abrapp, a tese jurídica das entidades fechadas de previdência complementar e, como advogado da Valia neste caso junto ao STJ, fez a sustentação oral: “depois de muitos debates, o Poder Judiciário reconheceu que as entidades fechadas de previdência complementar não buscam o lucro, não estão no mercado de consumo, não desenvolvem práticas comerciais, não praticam preços ou remuneração por serviços e não são reguladas pelo Ministério da Fazenda”. No entender de  Reis, “é uma vitória coletiva de todo o sistema”. 
Os ministros que integram a 2ª Seção do STJ decidiram, de forma enfática, que há incompatibilidade entre a legislação especial das entidades fechadas de previdência complementar e as normas do CDC. 

O Diretor Jurídico da Abrapp, Luis Ricardo Marcondes Martins, destacou o fato de a decisão ter sido tomada por unanimidade. Ressaltou também que o novo posicionamento do STJ, uma mudança de entendimento em geral tão difícil de alcançar junto aos tribunais superiores, de um lado repara um equívoco histórico, enquanto de outro faz justiça ao enorme esforço feito pela Abrapp e suas associadas no sentido de melhor esclarecer os magistrados sobre o que de fato são  as EFPCs. 
“Foram anos dedicados a levar essa palavra de esclarecimento, através de eventos, artigos, livros e visitas a ministros”, notou Luis Ricardo, que completou: “a decisão mostra que realmente os magistrados estão entendendo melhor a Previdência Complementar Fechada”. 
Para Lara Corrêa Sabino Bresciani, sócia do Escritório Reis, Tôrres, Florêncio, Corrêa e Oliveira e que também atuou no caso, “o STJ revisitou a matéria para reconhecer que todo conflito no interior de uma EFPC é plurilateral e deve ser solucionado à luz da legislação própria da previdência complementar e não de acordo com as normas do CDC”.

Fonte: Diário dos Fundos de Pensão (27/08/2015)

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Sistel: Mais uma reunião do conselho deliberativo da Sistel e nenhuma solução para o PAMA


Conheçam o relato de três conselheiros representantes dos participantes e assistidos:

"A Reunião do Conselho Deliberativo da Sistel de 26/08/15 foi muito mais informativa do que decisória.

Na parte de Natureza Deliberativa decidiu-se:
1 - Pela aprovação da ATA da REDEL anterior de 29/07/2015;
2 - Pela aprovação do Estudo de Aderência dos Planos de Previdência e Hipóteses Atuariais para o exercício de 2016. Este estudo já havia sido apreciado pelo Conselho Fiscal que recomendou sua aprovação. A apresentação esteve a cargo da GAMA Consultores;
3 - Aprovação da venda de um imóvel (Edifício Birman) pelo valor de R$ 98.000.000,00.

Na parte de Natureza Informativa foram relatadas:
4 - As atribuições das operadoras e da SISTEL em relação à gestão do PAMA. A Diretora de Saúde, Adriana Salomão, fez uma exposição do funcionamento operacional do plano de saúde. Ilustrou como funciona a liberação de procedimentos, análises de custos, auditoria, etc. Foi apenas uma exposição, sem muita importância.
5 - Na sequência, foram apresentados os Indicadores de Gestão e Indicadores de Controles, com diversas lâminas demonstrando os resultados obtidos. A matéria pode ser consultada no Portal da SISTEL.

6 - Alguns dados anotados:
6.1 - A folha de benefícios do PBS-A é de aproximadamente R$ 40 milhões por mês;
6.2 - A média de benefícios da SISTEL é de R$ 1.873,00;
6.3 - Temos atualmente 22.604 beneficiários.

Por último, foi apresentada a avaliação de desempenho dos planos. Neste item é importante destacar que as metas atuariais não estão sendo atingidas em razão da alta da inflação.

Conselheiros Deliberativos Eleitos: Burlamaqui, Cleomar e Ezequias

Fonte: FENAPAS (27/08/2015)

INSS: Mudanças nas regras da previdência social viram oportunidade para golpistas


Assistam o vídeo através do link: http://globotv.globo.com/eptv-sp/bom-dia-cidade-ribeirao-preto/v/mudancas-nas-regras-da-previdencia-social-viram-oportunidade-para-golpistas/4420637/

Fonte: EPTV (26/08/2015)

TIC: Telefonica Vivo vai demitir 800 em SP


Operadora vai iniciar reestruturação para eliminar cargos duplicados após fusão com GVT, mas promete aumentar número de colaboradores até fevereiro de 2016.




A Telefônica Vivo apresentou ao Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel) um plano de reestruturação que prevê a demissão de 800 pessoas em cargos duplicados devido à fusão com a GVT em setembro, apenas no estado de São Paulo. Serão dispensados, na maioria, funcionários que aderirem a um programa de demissão voluntária, que prevê o pagamento de 1 a 10 salários conforme o tempo de casa e benefícios como extensão do plano de saúde.A operadora garante que os desligamentos serão compensados até fevereiro de 2016. Até lá, a empresa promete contratar 2,4 mil colaboradores que hoje são terceirizados. O aumento de equipe acontecerá nas áreas de atendimento ao cliente (call center) e de operações com usuários (pessoal de rede externa).
 Em nota, a Telefônica Vivo diz que o objetivo da reestruturação é simplificar a organização para ganhar mais agilidade e eficiência. “Na primeira semana de setembro, a empresa fará uma reorganização em suas áreas administrativas para obter maior sinergia de processos e atividades”, declara.

Fonte: TeleSíntese (26/08/2015)