quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Fundos de Pensão: Presidente da ANAPAR defende equilíbrio de investimentos em previdência complementar


A presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), Cláudia Ricaldoni, ponderou há pouco que quando se trata de previdência complementar é preciso equilibrar os investimentos em aplicações mais conservadoras e mais arriscadas.

“A questão é a calibragem do retorno e do risco. Você não pode ter uma carteira 100% conservadora porque não vai bater a meta. Ou reduz o valor do benefício a ser pago ou diversifica-se os investimentos, mas aí tem que saber como diversificar”, afirmou.

Cláudia Ricaldoni também elogiou as regras de gestão e governança corporativa da Previ (Banco do Brasil) e da Funcef (Caixa), mas criticou o modelo de gestão adotado pelo fundo Postalis, dos Correios.

“O Postalis expôs seus participantes a um risco desnecessário. Em 2010, o fundo tinha 0,7% de seu patrimônio em títulos públicos, mas a maior parte dos investimentos estava em CDBs de bancos. Aí me perguntam: CDBs da Caixa, do Banco do Brasil, do Itaú? Não. Vocês já ouviram falar do Banco Topázio?”, disse.

O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) citou investimentos feitos pelo Postalis em títulos de bancos liquidados, como Cruzeiro do Sul e BVA, e investimentos atrelados à dívida de países com problemas, incluindo Argentina e Venezuela.

Ricaldoni lembrou ainda que as decisões no fundo Postalis são tomadas unicamente por decisão dos seus conselheiros, sem seguir princípios de governança corporativa, como transparência e ciência dos participantes.

“Diversos diretores do Postalis foram autuados pela Previc [Superintendência Nacional de Previdência Complementar] e responsabilizados pela má gestão dos recursos dos participantes”, disse.

Em junho deste ano, a Câmara de Recursos de Previdência Complementar da Previc (CRPC) responsabilizou o ex-diretor presidente Alexej Predtechensky e o ex-diretor financeiro Adilson Florencio da Costa, do fundo Postalis.

A CRPC condenou cada um dos acusados a 10 anos de inabilitação e pagamento de multa de R$ 200 mil – a maior penalidade já aplicada.

A reunião ocorre no plenário 3.

Fonte: site CenárioMT (20/08/2015)

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