quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Fundos de Pensão: Rentabilidade em fundo de pensão segue baixa


Um estudo comparativo entre fundos de pensão brasileiros e internacionais feito pela consultoria alemã Roland Berger aponta que os nacionais tiveram nos últimos cinco anos rentabilidade real média de 3,2%, abaixo da meta atuarial média de 5,8%. 
O desempenho foi creditado ao rendimento abaixo do esperado no Brasil das aplicações de renda variável, ativos que compõe boa parte das carteiras dos fundos pesquisados, entre os quais se incluem o Petros (Petrobras), o Previ (BB) e o Funcef (Caixa). 

Já os fundos internacionais analisados (entre eles o canadense CPPIB, o norueguês GPFG e o japonês GPIF) tiveram rentabilidade média real de 8,1%, na maioria dos casos acima da meta atuarial. O resultado foi creditado à diversificação de seus ativos.

Enquanto nos brasileiros o investimento em renda variável é concentrado em ações de poucas empresas, nos internacionais a participação dos papéis de cada companhia na carteira é de 2% ou 3%, de forma geral. Além de a concentração ser menor nos fundos internacionais, a seleção criteriosa de papéis com boas perspectivas de longo prazo contribuiu para reduzir riscos e ampliar ganhos , destaca Mauro Toledo, consultor sênior da Roland Berger, especialista em governança corporativa. 
O fundo Petros, dos funcionários da Petrobras, por exemplo, que teve rentabilidade negativa em 2013 (-5,8%) e 2014 (-1,2%), concentra 37% da carteira de renda variável em ações de uma única companhia brasileira. Quase metade das aplicações desse tipo no fundo (47%) são ações de empresas de alimentos. Outros 21% são do setor financeiro. 

Entre os fundos brasileiros, os ativos internacionais totalizam em média 3%, embora possam por lei a investir até 10% de seus recursos no exterior. Existe, portanto, potencial para diversificar diz Antônio Bernardo, presidente da Roland Berger no Brasil.

Fonte: DCI (11/11/2015)

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