quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Fundos de Pensão: Polícia Federal começa apurar fraudes em fundos de pensão


PF deflagra operação para apurar fraudes em recursos do Postalis
Esquema pode ter causado prejuízo de R$ 180 milhões ao fundo de pensão.
Ex-gestor do fundo está foragido e teve nome incluído em lista da Interpol.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (17) a Operação Positus, que investiga o Postalis, fundo de pensão dos Correios, por má gestão. A operação desta quinta apura um desvio que pode chegar a R$ 180 milhões.
De acordo com a PF, foram expedidos sete mandados de busca e apreensão: dois em São Paulo, três em Brasília, um em Belém e um em João Pessoa.
A PF informou que também foi expedido um mandado de prisão preventiva para Fabrizio Neves, ex-gestor do fundo, o principal investigado na operação. Segundo a polícia, Neves está foragido e teve o nome incluído na lista vermelha da Interpol (a polícia internacional).

O ex-diretor do Postalis estaria morando nos Estados Unidos, segundo a PF, e teria solicitado um passaporte italiano há alguns meses. De acordo com informações divulgadas nesta quinta, ele teria viajado há dois meses para a Espanha e não foi encontrado pelos policiais.
A polícia brasileira informou que trabalha em cooperação com as polícias norte-americana, italiana e a Interpol para localizá-lo e prendê-lo.

Fraudes
De acordo com o inquérito policial, foram identificados dois fundos de investimentos do Postalis, contendo mais de R$ 370 milhões em recursos aplicados que teriam sido geridos de forma fraudulenta.
A fraude consistia, segundo as investigações, na compra de títulos do mercado de capitais, por uma corretora americana, que os revendia por um valor maior para empresas com sede em paraísos fiscais ligados aos investigados. Em seguida, de acordo com o inquérito, os títulos eram adquiridos pelos fundos do Postalis com um aumento ainda maior no valor do título.
Entre as operações financeiras que causaram prejuízo está, por exemplo, uma em que a Postalis poderia ter pago R$ 11,8 milhões para ter 37,5% de um fundo de investimentos, foram pagos R$ 105 milhões por uma fatia menor, de 7,5%.

Fonte: G1 (17/12/2015)

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