quinta-feira, 17 de março de 2016

Aposentadoria: Captação de planos de previdência privados cai 75% em fevereiro


Os fundos de previdência privada voltaram a atrair recursos em fevereiro, depois de abrir o ano com resgates. Contudo, se comparado com o ano de 2015, o ritmo diminuiu significativamente. No mês passado, segundo pesquisa da consultoria NetQuant com 1.140 carteiras que recebem aplicações de planos PGBL e VGBL, a captação líquida foi de R$ 597,9 milhões, volume 75% menor que os R$ 2,4 bilhões de fevereiro de 2015.  

No primeiro bimestre, a queda nas aplicações é ainda maior: 85%, para R$ 380,6 milhões líquidos. Quando se olha a evolução do patrimônio líquido, resultado tanto dos aportes quanto da rentabilidade das carteiras, houve crescimento de 18,5% em 12 meses, para R$ 459,2 bilhões em fevereiro.   
A deterioração da economia, o aumento do desemprego e a inflação alta ajudam a explicar a perda de fôlego dos investimentos em geral. 

No mês passado, a caderneta de poupança registrou saque líquido de R$ 6,639 bilhões. A indústria de fundos, que incluiu a categoria de previdência, também amargou resgates em fevereiro, de R$ 3,3 bilhões.  No mês passado, segundo a NetQuant, apenas sete seguradoras tiveram captação líquida. No topo do ranking, o destaque continua sendo da Brasilprev, com R$ 1,6 bilhão. Em seguida, aparecem Itaú Unibanco Vida e Previdência, com R$ 301,6 milhões, Caixa Vida e Previdência, com R$ 180,2 milhões, e Safra Vida e Previdência (R$ 39,5 milhões). As demais instituições captaram menos de R$ 5 milhões.  

Os fundos classificados como DI ativo, cuja alocação em títulos pós-fixados varia entre 68% e 90%, lideram as entradas. Em fevereiro, responderam por R$ 877,6 milhões da captação líquida. Além desse segmento, registraram entradas líquidas apenas os fundos dos tipos pós-fixados crédito (R$ 432 milhões) e multimercados (R$ 13,2 milhões). As demais classes tiveram resgates, com destaque para os fundos pós-fixados conservadores, com saída líquida de R$ 228,8 milhões.  No ano, apenas os segmentos DI ativo e pós-fixado conservador registram captação líquida, com R$ 1,7 bilhão e R$ 873,2 milhões, respectivamente.  

Em termos de rentabilidade, o destaque de fevereiro foi das carteiras balanceadas que aplicam entre 30% e 49% em ações, com um retorno de 2,93%, na esteira da recuperação da bolsa.  Das oito classes de renda fixa, metade superou o CDI, que variou 1% no mês. O maior retorno médio, de 2,58%, ficou com os fundos de inflação, que têm alocação em títulos indexados a índices de preços superior a 75%. As carteiras pós & inflação, multi-índices e pré & inflação renderem 1,83%, 1,29% e 1,16%, respectivamente. Os fundos multimercados também superaram o CDI, com ganho de 1,28% no mês.

Fonte: Valor (16/03/2016)

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