sexta-feira, 29 de abril de 2016

Fundos de Pensão: Renda variável de fundos de pensão se recupera no primeiro trimestre, aponta Mercer. Quem se arriscou e manteve ativos, se deu bem!


As carteiras de renda variável dos fundos de pensão apresentaram recuperação no primeiro trimestre de 2016, aponta levantamento da Mercer. As carteiras tiveram retorno médio de 11,53% de janeiro a março, segundo dados dos clientes da consultoria no Brasil. Em 12 meses, o retorno médio da renda variável havia sido de 2,5% negativos e, em 36 meses, de 1,5% negativo.

Já as carteiras de renda fixa analisadas pela Mercer tiveram retorno médio de 4,62% no primeiro trimestre do ano. Em 12 meses, o retorno médio havia sido de 14%. No total, foram analisadas 361 carteiras de 60 fundos de pensão. A alocação em renda fixa no final de março era de 92,96%, ante 91,49% de setembro do ano passado. Já a alocação em renda variável era de 5,68%, ante 7,25% de setembro passado.

Projeções positivas para bolsa – Do lado dos gestores de recursos, as projeções do levantamento da Mercer apontam que a bolsa doméstica deve fechar com fortes ganhos em 2016. Realizada com 27 gestores, a pesquisa apontou uma média de retorno de 24,37% para o IBr-X 100. Para o índice small caps, a média do retorno esperado ficou em 24,20%. Já para o índice de dividendos (Idiv), a média projetada é de 25,44%.

“O índice de dividendos é o que oferece melhor perspectiva de retorno para 2016 segundo os gestores, maior que o Ibovespa e o small caps”, disse o consultor da Mercer Rogério Rodrigues em evento realizado com profissionais de fundos de pensão e assets em São Paulo nesta terça-feira, 26 de abril.

A média de retorno para a bolsa doméstica é bem maior que para os índices as bolsas externas. A média esperada de retorno para o S&P500 é de 5,63%, enquanto para o MSCI World, a média é de 8,44%. “A expectativa de retorno para os índices globais é bem menor que as projeções para a bolsa local”, explica Rodrigues.

Cautela com renda variável e crédito – Apesar das projeções mais favoráveis para a bolsa doméstica em 2016, os gestores recomendam que é necessário ter cautela para aumentar a alocação em renda variável, até mesmo porque a bolsa já avançou bastante no primeiro trimestre - o Ibovespa teve retorno de 15,4%. “A bolsa pode dar uma boa puxada, mas vai ter um momento em que vai parar. Ainda vai demorar para o lucro das empresas voltar aos patamares anteriores”, diz Guilherme Abbud, diretor de investimentos da asset do HSBC.

Segundo o gestor, a cautela deve ser ainda maior com ativos de crédito privado. “O crédito privado é o que está me tirando o sono. A recessão pode ser mais longa que as pessoas imaginam, por isso, é preciso muito cuidado com os ativos de crédito privado”, disse Abbud. O gestor do HSBC tem recomendado as alocações preferencialmente em juros pré-fixados e NTN-Bs.

Fonte: Investidor Institucional (26/04/2016)

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