Fundos de Pensão: Depois de calote em fundos de pensão, Trump retira sua marca de hotel de luxo no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro não tem mais um Trump Hotel. Inaugurado parcialmente em junho em meio à Olimpíada, o empreendimento gerido pela LSH Barra deixou de ter a marca que leva o sobrenome do presidente eleito dos Estados Unidos. O letreiro da fachada já foi retirado, e o hotel continua em atividade sob administração da incorporadora imobiliária.

Ao Portal PANROTAS, a assistente executiva do hotel, Rafaela Novaes, afirmou que ainda não há nenhuma informação sobre uma nova administração. “Estamos aguardando um posicionamento oficial, e enquanto isso o hotel continua operando sob administração ad LSH Barra.”

 O The Washington Post repercutiu a saída da marca de Trump do empreendimento e relembrou que a decisão ocorreu depois de os promotores abrirem investigação criminal em investimentos da propriedade. No fim de outubro, o Ministério Público Federal iniciou uma investigação de investimentos no grupo empresarial do The Trump Organization.

A operação Greenfield apura a existência de uma possível organização criminosa que desfalcou os cofres de fundo de pensão com aplicações temerárias e fraudulentas, e quer descobrir se houve aportes criminosos relacionados com o grupo de Donald Trump, os fundos e recursos do FGTS.

No entanto, segundo o The Washington Post, representantes de Trump esclarecem que não há ligação entre a retirada da marca e as investigações. Procurada pelo Portal PANROTAS, a assessoria da LSH Barra confirma a saída da Trump Hotels, mas aponta que não há informações oficiais sobre o futuro do hotel e que ele segue funcionando normalmente sob a própria administração da incorporadora.

No mês passado, o Portal PANROTAS apontava que o Trump Rio tinha dívida de aproximadamente R$ 2,5 milhões com o Comitê Rio 2016. O hotel teria recebido um aporte da organização dos Jogos Olímpicos.

Localizado na Barra da Tijuca, de frente para a praia, o Trump Hotel Rio de Janeiro possui 170 quartos. Em sua abertura, porém, apenas 70 deles estavam disponíveis, sem contar a interdição da piscina, que também não estava completa. Na época houve reclamação dos hóspedes sobre falta de organização e, principalmente, do forte cheiro de tinta. 

Fonte: PanRotas (16/12/2016)