terça-feira, 13 de dezembro de 2016

TIC: Consultorias do CPqD sobre NGN em 2000 apontavam 15 anos para receitas de teles bem administradas se igualarem

 
Receita com dados já empata com a de voz

A receita das operadoras de telecomunicações brasileiras com dados já empata com a receita de serviços de voz. Conforme balanço apresentado nesta terça, 13/12, pelo Sinditelebrasil, ao fim de setembro a receita média por usuário (que está por volta R$ 19 por mês na média das quatro principais operadoras) vinha 49% dos dados e 51% de voz.


“Estamos chegando ao ponto em que ARPU (receita média por usuário, na sigla em inglês) de dados se iguala ao ARPU de voz. E a tendência é que ultrapasse. Já chegamos a 79% dos celulares do país com capacidade para acessar a internet em banda larga e temos que chegar a 100%”, defendeu o presidente executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy. 


O ritmo é significativo. No terceiro trimestre de 2011, a proporção era de 80% das receitas com voz, 20% com dados. A partir de então, sempre considerando o fim do terceiro trimestre, a proporção passou para 77%/23%, 74%/26%, 70%/30%, 61%/39% e finalmente os 51%/49% agora em 2016.
Há, porém, variações entre as empresas. Até aqui, segundo dados da consultoria Teleco, a Vivo é a única das grandes a já ter mais receita com dados que com voz – a proporção virou ainda em 2015 e atualmente está em cerca de 59%. Tim e Oi estão com as receitas de dados na casa dos 45%. A Claro não divulga esses números. 


Para o presidente do Sinditelebrasil, porém, o maior obstáculo para que todos tenham um dispositivo capaz de usar dados nas mãos é o preço. “O maior obstáculo é a entrada. Um aparelho, mesmo o mais barato, custa um salário mínimo.” Ele lembrou que o governo federal recuou do incentivo tributário aos smartphones de entrada, medida que só se mantém graças a uma liminar judicial. 
No entendimento das operadoras, a redução de tributos dos aparelhos é compensada em pouco tempo com o uso – e, portanto, com a tributação sobre o serviço. “Se houvesse uma política específica para ter as pessoas utilizando o serviço, quando troca a base de 2G para 3G ou direto para 4G, o aumento do consumo de dados faz com que o ICMS em 12 meses compense essa diferença dos impostos”, avaliou. 


Fonte: Convergência Digital (13/12/2016)

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