quarta-feira, 16 de agosto de 2017

INSS: Para o governo Reforma da Previdência virou agora a única salvação fiscal para o país


'Tudo que se faça não é comparável à reforma da Previdência', diz ministro

Segundo Dyogo Oliveira, despesa representa 57% do conjunto dos gastos de R$ 730 bilhões

Em resposta às críticas em relação à mudança nas metas fiscais, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, deixou claro em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast que a solução para a difícil situação fiscal do País é a aprovação da reforma da Previdência.

O ministro admitiu que as medidas que foram anunciadas ontem pelo governo são limitadas pelo seu próprio tamanho. "Temos uma questão principal que está endereçada, precisa avançar e chama-se reforma da Previdência. A solução da situação fiscal do País está intimamente ligada ao avanço dela", afirmou. 

Na sua avaliação, "tudo ou mais que se faça" de medidas não é comparável a uma despesa que representa 57% do conjunto dos gastos de R$ 730 bilhões. "Previdência é o elemento principal. As outras medidas todas elas, inclusive as que anunciamos ontem são importantes, mas são limitadas pelo seu próprio tamanho", reconheceu. 

A segunda maior despesa, insistiu o ministro do Planejamento, é a de pessoal (cerca de R$ 150 bilhões) que o governo está atacando agora. "Não estamos tratando só de curto de prazo. Apresentamos propostas que vão reduzir despesa de pessoal ao longo dos próximos anos", disse.

O ministro manifestou ainda confiança de que a proposta de mudança da meta será aprovada rapidamente pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, apesar da ameaça de retaliação de parlamentares insatisfeitos com a quantidade recorde de vetos do presidente Michel Temer na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018. Segundo ele, "vai dar tudo certo" na CMO e que o governo vai ver o que pode ser feito em relação aos vetos e esclarecer as dúvidas dos parlamentares.

Oliveira também informou que a composição da Proposta de Lei do Orçamento de 2018 é a que foi apresentada ontem pela equipe econômica. Não haverá mudanças.

Fonte: Estadão (16/08/2017)

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