quarta-feira, 17 de julho de 2019

Patrocinadoras: Oi lista ativos à venda para arrecadar R$ 7 bilhões e investir em fibra óptica



A Oi reafirmou nesta terça-feira, 16/7, a estratégia de recuperação da empresa calcada na expansão dos acessos em fibra óptica, especialmente no mercado residencial, mas também para o mercado corporativo.
A tele já conta com 1 milhão de casas passadas e projeta chegar a 16 milhões até 2021. 

O plano é usar a maior rede do país, 363 mil km de fibras, para suportar serviços residenciais e corporativos, inclusive com infraestrutura para outros provedores internet. A ideia é que serviços sobre a rede de fibra passem a representar 80% das receitas e compense as quedas de voz e cobre. Para tanto, prevê uma taxa de ocupação de 25% das redes passadas. 

Para expandir ainda mais essa rede, a operadora projeta manter investimentos na casa dos R$ 7 bilhões por ano. Dinheiro que a princípio virá da venda de ativos considerados não essenciais. A projeção apresentada pela tele calcula entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões com os principais deles até 2021. 

Essa lista dos ativos à venda incluem as torres e a participação na operadora angolana Unitel, que pelos planos serão alienados até o fim deste 2019. Em 2020, a prioridade será  a venda dos data centers. Em 2021, imóveis também considerados não essenciais. Se chegar no projetado, as alienações representaram um retorno de aproximadamente 80% do valor de mercado da operadora. 

Essa lista não inclui a venda da operação móvel. Ao contrário, a empresa defende a operação celular como essencial. Para tanto, a primeira estratégia é o reframing da faixa de 1,8 GHz para oferta de 4G e 4,5G. Mas ao apresentar o plano a tele sinaliza que vai participar dos próximos leilões da Anatel, de olho no naco de 700 MHz que não adquiriu em 2014 e nas faixas do 5G.

“Nosso plano estratégico olhou em detalhes todos os componentes da empresa pra ver o melhor caminho a tomar, um caminho sustentável e a fibra foi colocada como ponto principal, mas o segmento móvel é muito importante. Já temos visto um bom desempenho do pós pago e o plano foca no aumento da captura”, afirmou Rodrigo Abreu, que foi o coordenador do projeto estratégico da Oi, e é cotado para assumir a presidência da operadora, com a saída de Eurico Teles em dezembro.

A empresa também inclui nos planos do futuro próximo os R$ 4 bilhões da capitalização já realizada, além de até R$ 3,1 bilhões com créditos de PIS/Cofins, dos quais R$ 2,1 bilhões já contariam com decisão judicial favorável. Em cima desses valores, projeta ainda outro R$ 1 bilhão com reduções de custos. 

Fonte: Convergência Digital (16/07/2019)

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