sábado, 7 de setembro de 2019

Patrocinadoras: Para Moody’s, aprovação da lei de teles (PLC 79/16) beneficiará principalmente Telefônica e Oi







 
A agência de classificação de risco de crédito Moody’s informou que a aprovação do projeto de lei 79/16 é positivo para todo o setor. Entretanto, segundo a agência, essa atualização do marco legal do setor de telecomunicações beneficiará principalmente a Telefônica e a Oi.


A agência publicou um relatório sobre a PL 79/16 após declarações recentes do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O político falou sobre os próximos passos para a votação do texto, que apresenta mudanças das normas de concessões de telefonia fixa. 

Segundo a Moody’s, a Telefônica e a Oi seriam beneficiadas pela mudança na classificação de ativos reversíveis. Segundo a Moody’s, a Telefônica e a Oi seriam beneficiadas pela mudança na classificação de ativos reversíveis. As duas empresas participaram do processo de privatização da Telebras em 1998. Dessa forma, acabaram arcando com cerca de R$ 20 bilhões em obrigações (TCU, em sua avaliação, afirmou que são R$ 100 bilhões). Entre elas, a expansão da rede de telefonia fixa no Brasil, inclusive de telefones públicos. 

“A Oi e a Vivo gastam juntas entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões anualmente para manter e operar telefones públicos, dinheiro que eles poderiam investir em banda larga fixa ou 4G”, salientou a agência de classificação de risco em seu relatório. 

Além das duas companhias telefônicas, o PL 79/16 também traria benefícios para a Claro e TIM. Isso pois daria visibilidade sobre a renovação de contratos de concessão, incentivando novos investimentos. 

Mudança de comando 
A Oi está passando por um processo de mudanças no comando após a Justiça do Rio de Janeiro homologar na noite da última segunda-feira (2) o plano de transição apresentado pela companhia telefônica. 

Esse documento, que transitava em segredo de Justiça, prevê a criação de um cargo de diretor operacional (COO) com amplos poderes de gestão. Esse executivo deveria substituir o diretor-presidente da empresa de telefonia, Eurico Teles. 

Entre os possíveis candidatos a assumir o papel de COO (na sigla em inglês), está Rodrigo Abreu. O executivo é membro do conselho de administração da Oi e ex-presidente da TIM Brasil.   

O documento que indica a transição, aprovado pelo juiz Viana, foi assinado por Teles, pelo diretor financeiro e de relação com investidores da Oi, Carlos Augusto Brandão, e pelo presidente do conselho Eleazar de Carvalho Filho. 

Teles deveria deixar o cargo entre o fim deste ano e o início de 2020. Entretanto, sua saída poderia ser adiantada. 

Oi busca financiamentos 
Além da mudança no comando, a Oi estaria negociando um financiamento de até R$ 2,5 bilhões junto a instituições financeiras. Segundo a empresa de telefonia, o plano de recuperação judicial prevê diversas formas de financiamentos adicionais. Entre elas, além dos recursos obtidos através de aumento de capital, a empresa de telecomunicações poderá buscar novos recursos no mercado. A captação poderá ocorrer em até dois anos da data da homologação judicial do plano. 

“Estas captações serão realizadas em condições atrativas para viabilizar a capitalização dos recursos necessários à consecução das atividades do grupo, podendo ser realizadas, entre outras formas, mediante a emissão de pública de ações ordinárias ou de novos instrumentos de dívida, incluindo dívidas com garantia”, informou a Oi em comunicado. 

A Oi também informou que as “recuperandas envidarão os seus melhores esforços para a obtenção de abertura de novas linhas de crédito para importação de equipamentos no valor potencial de 2 bilhões de reais”. Uma medida legada a aprovação do plano e a readequação da estrutura de capital da telefônica.  

No comunicado, a Oi salientou que seu desempenho operacional se encontra dentro das expectativas. Além disso, a empresa disse confiar na execução dos esforços de controle de custos e demais iniciativas necessárias para a execução do plano de investimentos. A nota foi uma resposta a questionamento da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Fonte: SunoResearch (06/09/2019)

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