quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Patrocinadoras: Telefónica vai unificar e vender suas operações na América Latina, mas manterá Brasil como mercado prioritário



   
CEO do grupo,José Maria Álvarez Pallete, anunciou hoje a concentração de investimentos em quatro mercados prioritários, Brasil incluído, e criação da Telefónica Tech e Telefónica Infra

Depois de dois dias de reunião do Conselho de Administração, a Telefónica anunciou hoje cinco decisões estratégicas da companhia que, de alguma forma, representam uma reviravolta no modelo que ela vinha aplicando até agora. Uma das principais é a concentração de investimentos e crescimento em cinco mercados prioritários — Brasil, Espanha, Alemanha e Reino Unido. Juntas, essas operações respondem por 80% das receitas e geração de caixa do grupo espanhol. Outra decisão vai agrupar as demais operações latino-americanas em uma spin off operacional sob uma gestão única e possível venda ou atração de novos investidores.

O novo direcionamento prevê que as quatro operações consideradas estratégicas irão se reportar diretamente ao CEO do grupo, José Maria Álvarez Pallete. A ideia é de  priorizar os países onde a companhia pode ser relevante e crescer de forma sustentável a longo prazo e garantir oportunidades de expansão.A expectativa com as novas medidas é de gerar mais de 2 bilhões de euros adicionais de receita e dois pontos percentuais a mais na margem de fluxo de caixa operacional (FCO).

Já o spin off onde estarão as demais operações da América Latina — Argentina, Chile, México, Colômbia, Venezuela e Peru — será dirigido por Alfonso Gómez que até agora respondia pela Hispam Norte. Como parte dos compromissos dessa filial estará a atração de investidores e a busca de sinergias com outros agentes econômicos. Um exemplo disso já foi anunciado semana passada com o acordo realizado pela Telefónica México para utilizar a última milha da rede da AT&T.

As demais decisões estratégicas envolvem a criação da Telefónica Tech, onde estarão reunidos negócios de maior potencial de crescimento, como big data, cloud, Internet das Coisas e segurança da informação; a criação da Telefónica Infra, que se encarregará da gestão da infraestrutura; e, por fim, a redefinição corporativa, com mudança no organograma e na estrutura do Comitê Executivo do grupo Telefónica.

Com essas decisões o duopólio que se viu na América Latina - o embate entre a América Móvil (Claro) e a Telefónica - está perto de acabar e a operadora de Carlos Slim, dono da Embratel, Claro e NET no Brasil, reinar absoluta nos países latino-americanos.

Fonte: TeleSíntese e Convergência Digital (28/11/2019)

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