quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Fundos de Pensão: Investimentos em renda variável é resposta à queda dos juros e dificuldade de bater meta atuarial



Petros quer aumentar de 25% para 45% limite de investimento em renda variável

No passado, se falava que os gestores de investimentos de fundos de pensão poderiam trabalhar da praia por meses. Com a taxa de juros a 14% ao ano (ou mais) era fácil bater suas metas atuariais, sem muito esforço. Agora, o cenário mudou, com Selic a 5% ao ano, e podendo cair mais.

Em evento da gestora Western Asset em São Paulo nesta quarta-feira, Alexandre Mathias, o gestor de investimento da Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (o segundo maior do país) falou ao Valor Investe sobre a nova proposta de portfólio de investimento para o fundo, que hoje soma um patrimônio de cerca de R$ 100 bilhões.

“Queremos alocar o dinheiro em ativos que deem grande chance de chegarmos na nossa meta atuarial, próxima a 9%”, explica Mathias.

Nesta semana foi enviada à diretoria a Petros uma nova proposta de bandas de alocação por categoria de produto, como renda variável, investimento no exterior e private equity. A grande novidade é a proposta de aumentar de 0% a 25% para 0% a 45% a alocação em renda variável. Hoje, cerca de 19% do patrimônio do fundo está em ações e, segundo o executivo, o potencial é de rapidamente chegar a 29%, caso a mudança da banda chega aprovada.

“Este ano, daremos um retorno próximo a 20%, maior do que muitos gestores renomados, sendo que 75% do nosso retorno veio de renda fixa e 25% de renda variável”, diz. Ele explica que o fundo ganhou muito com o fechamento da curva de juros longos, mas que não vê um movimento parecido em 2019.

“A renda fixa não será um grande gerador de retorno de 2020, então temos que apostar no que parece que vai ser, ações. Por isso queremos aumentar a exposição em bolsa”, comenta.

Fonte: Valor Investe (04/12/2019)

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