quarta-feira, 1 de julho de 2020

TIC: Huawei desafia Apple e Samsung ao abrir megaloja em Xangai



Guerra comercial entre EUA e China fez Huawei adiar a produção de componentes e peças para sua próxima série premium de celulares

A Huawei Technologies abriu sua maior loja em uma das ruas comerciais mais exclusivas da China, desafiando a retaliação dos Estados Unidos, em uma tentativa de conquistar uma fatia maior do mercado doméstico às custas de rivais como a Apple.  

Filas se formaram na quarta-feira na loja de três andares em um elegante edifício art déco em Xangai. Não é apenas um desafio para a Apple, que tem sua própria loja em frente, mas também para a sul-coreana Samsung, que tentou, sem sucesso, invadir o território doméstico da Huawei.   

Em um momento em que a Huawei está sendo pressionada pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, alegando que o grupo chinês é uma ameaça à segurança, a abertura da loja representa uma chance de apelar ao patriotismo dos chineses.  

“Minha esposa ama a Apple [e] eu uso meus telefones antigos da Samsung, mas minha família sempre ri de mim”, disse Lance Long, gerente de exposições e morador local de Xangai. “Mas meus pais e parentes mais velhos realmente se voltaram para a Huawei desde o ano passado para mostrar seu apoio à empresa depois que ela sofreu com a repressão dos EUA.”  

Uma multidão de visitantes principalmente jovens esperava antes da loja abrir suas portas. Um estudante disse: “Estou aqui para apoiar a Huawei”. Chen Nixing, aposentado, disse: “Eu estava esperando a abertura de hoje. A tecnologia da Huawei é melhor que outras e estou aqui para conferir as últimas novidades”.   

A abertura da loja de Xangai muda o foco - pelo menos momentaneamente - da batalha entre a Huawei e os EUA: uma batalha por pequenos componentes encontrados em telefones, equipamentos 5G e outros eletrônicos. A repressão de Washington se estendeu a todas as empresas da cadeia de suprimentos de tecnologia global, buscando impedi-las de usar equipamentos dos EUA para fabricar chips para a Huawei e seu braço de semicondutores HiSilicon, o principal desenvolvedor de chips da China. A interrupção de suprimentos levou a Huawei a adiar a produção de componentes e peças para sua próxima série premium Mate - a resposta da empresa aos iPhones da Apple a cada outono.

Fonte: Valor (25/06/2020)

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