segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fundos de Pensão: Postalis (Correios) está em déficit e quem paga são os participantes e a sociedade. Previc não consegue punir ninguém!

O fundo de pensão dos empregados dos Correios gera prejuízo e quem paga são os próprios trabalhadores e a sociedade brasileira

O Plano de Previdência dos empregados dos Correios (Postalis) não tem tido muito sucesso em suas aplicações dos recursos dos trabalhadores da empresa e de toda a sociedade brasileira. Como os Correios participam com 50% das receitas do Postalis, parte dos resultados negativos das aplicações que geram prejuízos recai sobre o povo brasileiro, independentemente de ser empregado ou dos Correios.

Nos últimos 2 anos (2011 e 2012) o plano BD do Postalis gerou um déficit de quase R$ 1 bilhão, sendo que, deste montante, quase R$ 700 milhões decorrentes de insucessos nas aplicações do Instituto.

É importante destacar que neste mesmo período, segundo informações publicadas pela ABRAPP, as aplicações dos fundos de pensão renderam em média 26,7% (9,8% em 2011 e 15,37% em 2012), ao passo que os investimentos do PBD do Postalis renderam apenas 11,8% (4,39% em 2011 e 7,12% em 2012), percentual insuficiente para, sequer, repor as perdas inflacionárias do período que, à luz do INPC, foram de 12,6% (6,07 em 2011 e 6,19 em 2012). Não menos trágica é a situação do Postalprev que rendeu no referido biênio parcos 10,8% (12,67% em 2011 e -1,63% em 2012).

A Auditoria presencial da PREVIC, em 2012, resultou em 12 Autos de Infração apresentados ao Postalis que foram contestados pelos Autuados e até a presente data não houve decisão da Diretoria Colegiada da PREVIC.

No dia 16 de abril de 2013, aconteceu uma reunião a portas fechadas na Sede dos CORREIOS em São Paulo, momento em que foi informado que o DEFICIT do POSTALIS chegou a 1 bilhão de reais, e déficit do POSTAL PREV que foi criado há 5 anos já está na casa de R$ 300.000,00. Seria isto causado por pura incompetência ou há mais coisas escondidas?

Chegou-se a espalhar que Luiz Gushiken, conhecido pela influência em fundos de pensão, seria "padrinho" do banco BVA. É a empresa do Gushiken, Globalprev que dá as cartas no Postalis. Depois de o BVA crescer 980% em apenas três anos é liquidado pelo Banco Central e o Postalis anuncia que tinha investimentos no BVA. Não chamaria isso de coincidência, mas de azar, azar nosso, dos participantes. Todo o mercado já anunciava que o BVA era mico, menos para o Postalis, é mesmo muito azar... o nosso.

Para evitar a quebra total e o escândalo (mais um neste Brasil), foi imposta uma cobrança chamada de contribuição extraordinária na casa de 3,94% de cada empregado, que é descontada na fonte e repassada ao POSTALIS, para tapar o rombo.

Na reunião que aconteceu no dia 16/04/2013, foi dito que as investigações sobre as aplicações no exterior estão sobre segredo de justiça e não poderiam ser divulgadas. Da mesma forma foi questionado sobre as aplicações, sobre as informações atuariais, sobre as ações e aplicações, enfim, sobre tudo que não é divulgado para os maiores interessados e que, por definição, seria obrigação da Diretoria fazê-lo. As informações simplesmente somem, assim como o dinheiro que depositamos no POSTALIS.

É imprescindível apurar o que ocorre nos subterrâneos do Fundo de Pensão dos Correios, pois a Diretoria ao ser questionada nunca sabe de nada, não sabe informar, diz que não sabia e que desconhece os fatos.

É preciso responsabilizar essas pessoas, que haja o inclusive confisco de bens daqueles que foram os responsáveis por tamanhos problemas, de forma que o patrimônio financeiro seja restabelecido com o mínimo possível de prejuízos.
Fonte: Blog do Francisco Castro (29/06/2013). Colaboração: Gilson Costa.

Nota do Colaborador: Vejam que a Previc emitiu 12 autos de infração. Será que algum diretor foi punido? Só vendo para crer! 
Devem ter recorrido ao Conselho de Recursos da Previdência Complementar, órgão colegiado que leva, no mínimo, cinco anos para julgar algum processo que envolva dirigente de Fundos de Pensão. Isso, se for pressionada. Mas, julgar, não quer dizer condenar, sabemos disso.

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