segunda-feira, 15 de junho de 2015

Planos de Saúde: Despesas assistenciais dos maiores planos de saúde complementar sobem 16% em 12 meses


Dados da FenaSaúde indicam que desembolsos das operadoras somaram R$ 110,5 bilhões 

As despesas assistenciais do setor de Saúde Suplementar totalizaram R$ 110,5 bilhões, apresentando crescimento de 16% nos últimos 12 meses terminados em março de 2015, ante o mesmo período de 2014, informou a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De janeiro a março deste ano, as despesas somaram R$ 27,5 bilhões, com expansão de 13,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior. 
De março de 2014 ao mesmo mês deste ano, as receitas de contraprestações somaram R$ 134,4 bilhões e subiram 14,7%, na mesma base de comparação. No primeiro trimestre de 2015, as receitas de contraprestações totalizaram R$ 34,7 bilhões, com expansão de 13% em face do primeiro trimestre de 2014. 
A tendência de crescimento das despesas nos últimos doze meses terminados em março de 2015, de 16,0 %, ante o mesmo período de 2014, resulta, em parte, do aumento do número de beneficiários, de 2,1%, no mesmo período analisado, mas, principalmente, do impacto da chamada inflação médica, pressionada pela alta acelerada dos custos assistenciais – o que já vem sendo alertado pela FenaSaúde. Esse indicador, na área da saúde, é muito superior ao índice geral de preços da economia. 
As despesas assistenciais são aquelas pagas pelos procedimentos ambulatoriais e hospitalares, como consultas médicas, exames, terapias e internações, realizados pelos beneficiários de planos e seguros de saúde. Desperdícios e distorções de preços exercem forte pressão sobre essas despesas. 

Sinistralidade 
No mercado de Saúde Suplementar, a sinistralidade foi de 82,2% nos últimos doze meses terminados em março de 2015, expansão de 0,9 p.p. na comparação com os últimos doze meses terminados em março de 2014. 
Entre março de 2014 e março de 2015, o número de beneficiários de planos médicos aumentou 2,1%, totalizando 50,8 milhões de vidas. A taxa de crescimento neste segmento havia sido de 2,7% entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014, mostrando desaceleração da expansão. Esse resultado reflete a atual situação macroeconômica, em especial os dados de emprego e renda, que, por hora, seguem movimento de retração. 
Ainda assim, a relevância do setor para a economia brasileira é inegavelmente expressiva, tendo em vista que o crescimento populacional não chega a 1%. Para se ter uma ideia, os planos odontológicos vêm mantendo sua taxa de crescimento. Entre março de 2014 e março de 2015, os planos exclusivamente odontológicos cresceram 5,7%, alcançando 21,4 milhões de beneficiários em todo o país. 
A FenaSaúde representa as operadoras líderes em qualidade, que são referências no respeito à Lei dos Planos e na contribuição com a regulação da ANS. As 26 operadoras de planos e seguros de saúde associadas à FenaSaúde reúnem 29,2 milhões de beneficiários de planos médicos e exclusivamente odontológicos, respondendo por 40,5% do total do setor (posição em dezembro de 2014) – com expansão no número de beneficiários de 3,5% na comparação com o ano anterior. São 10 seguradoras especializadas em saúde, 11 medicinas de grupo e cinco odontologias de grupo. No mercado, há mais de 1.200 ativas. 

Fonte: CNseg/CQCS (15/06/2015)

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