Temos de ficar alerta pois a tendência dos fundos, incluindo a Sistel, na conjuntura econômica atual, é aumentar a participação das aplicações em ações na Bolsa e consequentemente elevar o risco de seu patrimônio (que é nosso), para assim compensar a queda de juros do mercado e desta forma tentar atingir suas metas atuariais, que hoje na Sistel, ainda é de 6% ao ano + INPC que, para os dias de hoje, é fora da realidade.
Para os assistidos, a melhor forma seria a redução das metas (que prejudica os ativos, mas é mais real) sem alteração do perfil atual de investimentos do CPqD-Prev (90% em renda fixa e 10% em renda variável, ações).
Vide matéria abaixo:
Juro baixo leva fundo de pensão à Bolsa
Investidores nacionais e estrangeiros veem na mudança novo estímulo para impulsionar o mercado de ações brasileiro
Com juro de um dígito, fundos de pensão terão de diversificar investimentos para cumprir meta de retorno de 6% mais inflação
Os juros básicos brasileiros nem chegaram a um dígito (estão em 10,25% anuais), mas já mexeram com o rendimento da poupança e forçam os fundos de investimento a reduzirem as taxas de administração. Nos próximos meses, deve empurrar os fundos de pensão a reverem suas metas de rentabilidade e a aplicarem cada vez mais em ações, novo ingrediente que estimula a recente alta na Bolsa, segundo investidores.
Para cumprir a previsão de pagamentos de aposentados e pensionistas, a maioria dos fundos de pensão tem uma meta anual de rendimento de 6% mais a correção da inflação, normalmente o INPC -é a meta atuarial. Acontece que os juros da renda fixa já não são mais suficientes para cobrir esse compromisso. Já no ano passado, o CDI subiu 12,38% e foi insuficiente para pagar a meta de 12,87% (INPC mais 6%).
Para se adequarem ao novo cenário, os fundos terão ou de reduzir as metas atuariais ou aumentar a exposição a risco. Para reduzir a meta atuarial, cada fundo tem de mexer em seu estatuto. Já o aumento da exposição à renda variável depende de mudança na lei.
Pelas regras do setor, os fundos de pensão podem investir até 50% de seu patrimônio em renda variável. Com exceção da Previ (fundo dos funcionários do Banco do Brasil), que tem 59% em renda variável, a maioria das fundações não coloca mais de 20% -em fevereiro, a posição geral era de 27%.
"A gente precisa se expor um pouco mais a risco para bater a meta atuarial. Quando a gente estava conseguindo INPC mais 10%, 11% e 12%, não tinha problema. No momento em que [o juro] está caindo, não se consegue mais isso. Mas não é a mudança da regra que impede os fundos de se exporem à renda variável. É a cautela. Nós não somos especuladores, somos investidores de longo prazo. Eu aplico para resgatar daqui a 30 anos", disse José Mendonça, presidente da Abrapp (associação dos fundos de pensão).
Para a Abrapp, foi esse conservadorismo que permitiu que as fundações tivessem um retorno negativo de só 1,62% em 2008, enquanto os fundos de países da OCDE tiveram queda média de 19%.
Maior fundo de pensão brasileiro, a Previ tinha sozinha 59,52% de seu patrimônio de R$ 121,6 bilhões em renda variável. Desde 2006, o fundo tem meta atuarial de 5,75%. Eletros (fundo da Eletrobrás) e Funcef (Caixa) tinham meta de 5,5%.
Entre os grandes fundos, só o Petros (Petrobras) ainda tem meta de 6%. "A combinação da queda nos juros com crescimento da economia vai fortalecer a migração de títulos públicos para a renda variável. Essa mudança fará com que esses ativos sejam cada vez mais alvo de interesse", afirmou a Petros em nota.
Para Roberto Nishikawa, responsável pela corretora do Itaú, os estrangeiros estão atentos para a necessidade de os fundos de pensão brasileiros diversificarem seus investimentos. Ele diz que hoje a maior dúvida é como a economia brasileira conviverá com juros básicos abaixo de 10%.
O Itaú reuniu em Nova York 230 fundos estrangeiros para apresentá-los a presidentes de empresas brasileiras. "Isso será uma mudança também de comportamento. Temos visto que os investidores que conhecem profundamente o Brasil estão fazendo alocação maior de recursos no país", disse.
Fonte: Folha de S.Paulo (26/05/2009)
terça-feira, 26 de maio de 2009
ALERTA: Fundos devem aumentar participação em ações
Postado por
Joseph Haim
às
16:06:00
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