O engenheiro e atuário Sergio Girão passa a partir de hoje a formar dupla e parceria com o candidato Joseph Haim para uma composição nos dois conselhos da Sistel:
Conselho Deliberativo, vaga SP (região 1): Joseph Haim;
Conselho Fiscal, vaga SP e RJ (região 1): Sergio Girão.
A escolha por esta parceria foi muito fácil e lógica e deveu-se principalmente a competência e vasta experiência que o Girão possui nas áreas de atuária e estatística, alem de seu trabalho em execução na Sistel, como atual conselheiro fiscal.
Para que vcs. conheçam um pouco melhor o Girão e sua experiência, segue uma entrevista feita com ele para o Jornal APAS-RJ:
Sérgio Girão tem
reeleição apoiada pela APAS RJ para Conselho Fiscal da Sistel
Vote
em quem tem capacidade para defender o interesse do assistido num momento
crítico
Jornal
APAS – Poderia nos dar seu nome e atual posição?
Girão - Meu
nome é Sérgio Ellery Girão Barroso. Atualmente, sou membro do Conselho Fiscal
da Fundação Sistel de Seguridade Social (SISTEL). Meu mandato, iniciado em
2012, expira em 2015. Sou candidato a um novo mandato.
Jornal
APAS – Fale-nos um pouco de seu passado acadêmico...
Girão- Sou natural de Fortaleza, Ceará. Graduei-me
em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em
1996, e mestrado em Pesquisa Operacional também no ITA, em 1969. Após minha
aposentadoria em 1999, graduei-me também como atuário (UFRJ, 2003) e
estatístico (UFRJ, 2005), áreas em que atuava informalmente durante o período
anterior.
Jornal
APAS – Um pouco de sua vida
profissional?
Girão – Em 1967
ingressei no ITA como "auxiliar de ensino" (primeiro nível da
carreira de professor nesta escola de engenharia), atuando nas áreas de
estatística/probabilidades e pesquisa operacional, passando depois a "professor
assistente", após o mestrado. Em 1973, me transferi para a Companhia Telefônica
Brasileira – CTB - posteriormente Telecomunicações do Estado do Rio de
Janeiro –Telerj, onde
permaneci até novembro de 1998, tendo saído no programa de demissão
incentivada. Ao longo do período 1967-1998 também atuei como consultor
independente em aplicações de estatística, atuária e pesquisa operacional,
adquirindo experiência na avaliação atuarial de planos de previdência. Mantive
atuação nessas três áreas depois de aposentado, agora já formalmente como
estatístico e atuário. Fui fundador da Sociedade Brasileira de Pesquisa
Operacional, na qual atuei durante alguns anos como diretor, atuando na área
técnica (edição da revista e julgamento de trabalhos em simpósios).
Jornal
APAS – Sua atuação na Telerj?
Girão - Iniciei em
março de 1973 como engenheiro na "gerência de pesquisa operacional" do
departamento de processamento de dados, cujo
principal projeto, à época, era desenvolver um sistema de otimização da
rede de telecomunicações. Inicialmente,
participei deste projeto, com atuação nas áreas de otimização da rede local e
da rede interurbana, e também na estimação dos dados de tráfego necessários.
Após algum tempo, passei a atuar também em aplicações na área
econômico/financeira. Em 1979, a Gerência de Pesquisa Operacional foi realocada
no Depto. de Planejamento e Controle da Vice-Presidência, na qualidade de Divisão,
tendo agora por principal missão a aplicação de técnicas de estatística e
pesquisa operacional ao planejamento e controle empresarial. Em 1990 passei a
atuar na Divisão de Pesquisa Mercado, agora subordinada a departamento ligado
diretamente à Presidência. A partir de 1992, as atribuições desta Divisão foram
ampliadas, passando a incluir também a administração da área de publicidade.
Com a mudança de Diretoria ocorrida em 1985, passei a atuar como gerente do
Depto. de Economia e Orçamento, vinculado à Diretoria Econômico-Financeira,
onde permaneci até novembro de 1998.
GESTÃO
NO CONSELHO FISCAL
Jornal
APAS – O Sr se sente à vontade em dados econômicos e financeiros?
Girão - Me sinto à
vontade, em decorrência de minha experiência com dados econômicos e financeiros
em geral, e mais especificamente com dados relativos a previdência complementar
fechada, fundamental para analisar o desempenho
da Fundação Sistel de Seguridade Social .
Jornal
APAS – Sua gestão no Conselho Fiscal da
Sistel?
Girão – Além de
participar da fiscalização dos elementos puramente contábeis, achei por bem
entrar no mérito dos dados estatísticos e atuariais da Sistel. Fazia falta no
Conselho Fiscal alguém que entendesse de estatística e atuária que são dois
elementos fundamentais no funcionamento de uma entidade de previdência privada
fechada, como a Sistel.
Jornal
APAS – O plano PBS-A dos aposentados da
Telerj é de Benefício Definido ?
Girão – Sim, e isso é
bom para o participante. Ele cria um comprometimento maior da Fundação que
passa a ter uma responsabilidade explícita a respeito de rentabilidade, algo que
em Planos de Contribuição Definida não existe com o mesmo rigor.
Jornal
APAS – O Conselho Fiscal da Sistel tem muita responsabilidade?
Girão – Tem. Ele deve
julgar a parte contábil e, no meu entender, também a parte de análise
estatística e atuarial que caracterizam o desempenho da Fundação.
Jornal
da APAS – Ser do Conselho Fiscal é um cargo político?
Girão – É um cargo
principalmente técnico de grande responsabilidade.
Jornal
APAS – Que dados o Conselho Fiscal utiliza?
Girão – São dados financeiros, que têm uma transparência razoável, e dados
e análises estatísticas e atuariais que, na minha opinião, não apresentam o mesmo nível de transparência, talvez por
serem muito específicas para entidades como a Sistel.
Jornal
APAS – Depois de reeleito o que pretende fazer?
Girão – Pretendo dar
continuidade ao trabalho que venho empreendendo, solicitando explicações sobre
as partes atuarial e estatística, além
da área financeira, e, se necessário, solicitando alterações de
procedimentos.
PROBLEMAS
A SEREM RESOLVIDOS
Jornal
APAS – O que está acontecendo com nosso Plano de Saúde?
Girão - O Plano de Saúde é algo fundamental para nós. É
um fato reconhecido que a evolução dos custos médicos e hospitalares têm sido
um problema preocupante em quase todos os países e no Brasil em particular,
sinalizando um aumento de custos superior ao que seria de esperar pela evolução
da economia como um todo. Há, todavia,
várias dúvidas sobre a qualidade das informações do PAMA e do PAMA-PCE, bem
como sobre as hipóteses de planejamento e sobre os critérios utilizados na
análise. Estamos trabalhando para ver esclarecidas
essas informações, e para que sejam utilizados critérios de análise mais
compatíveis com a natureza dos planos PAMA e PAMA-PC.
Jornal
APAS – Nosso Plano de Previdência?
Girão - Também
há dúvidas quanto a escolha de alguns de seus parâmetros. A questão foi levantada e não foi
ainda totalmente resolvida.
Jornal
APAS – Poderia explicar mais?
Girão - A Sistel está
utilizando tábuas de mortalidade – um instrumento importante em atuária – não
totalmente justificadas. O mesmo ocorre com a taxa de desconto usada no cálculo
do valor presente esperado dos benefícios. A forma de aplicação de algumas
hipóteses (aumentos reais de custos ao longo do tempo, por exemplo) não está
totalmente clara, e pode levar a conclusões absurdas. A forma de cobrir os
custos do PAMA puro e do PAMA-PCE pode ser e tem sido criticada por não
corresponder ao prometido nos respectivos regulamentos.
Jornal
APAS – Há paridade no Conselho Fiscal?
Girão – São dois
representantes dos assistidos e quatro das patrocinadoras. Todavia, o Conselho
Fiscal, por ser um órgão mais técnico e menos político, exibe uma colaboração
maior entre seus membros, sem os embates que costumam ocorrer no Conselho
Deliberativo.
.
Jornal
APAS – Que razões o levam para se candidatar ao Conselho Fiscal?
Girão – Basicamente,
para defender os interesses dos participantes e dos assistidos junto à Sistel. Da minha parte, pelo menos, com um foco maior
na parte estatística e atuarial.
IMPORTÂNCIA
DA ATUÁRIA
Jornal
APAS – A parte estatística e atuarial é
importante?
Girão – Sim. Dependendo
da escolha dos parâmetros pode-se concluir, por exemplo, se haverá, ou não superávit, e qual o seu nível.
Jornal
APAS – Tudo isso não é muito teórico?
Girão- São mecanismos por vezes sutis e nem por isso
de efeitos menos contundentes. No caso do PBS, especialmente PBS-A, as questões
são: qual a evolução das populações atendidas (tábuas de mortalidade e
composições familiares) e a taxa de desconto a ser utilizada, sendo esta última
determinada pela rentabilidade real dos investimentos. No caso do PAMA e do
PAMA-PCE as questões são: qual a evolução das populações atendidas, qual a
evolução dos custos dos planos (evolução dos custos médicos e hospitalares e
evolução da utilização por parte dos segurados) e critérios de financiamento (quem cobre o quê).
Jornal
APAS – O Conselho Fiscal tem seus
pedidos atendidos pela Sistel?
Girão – Em alguns casos, sim em
outro, não. Vamos continuar insistindo.
Jornal
APAS – Desculpe a pergunta, o Sr
entende de atuária? .
Girão – Ao longo de minha vida profissional
fui obrigado a aprender atuária. Já atuei na avaliação de vários planos
atuariais, incluindo seguros e previdência privada fechada e pública. Atuei
como consultor da Telos, tendo participado ativamente da avaliação atuarial
decorrente da alteração de regulamento implementada ao final dos anos 80, que
resultou na criação do plano de assistência médica de aposentados e
pensionistas. Atuei no grupo de trabalho da Sistel que levou à proposta do PRV,
em 1989, em moldes similares ao plano da Telos, e que seria a base do novo PBS
implantado no início dos anos 90. Continuo atuando como consultor junto a várias
entidades.
Jornal
APAS – Algo mais?.
Girão – Muito Obrigado.
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