quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
TIC: Reforma das comunicações passou pelo Senado sem que os senadores a conhecessem
No Facebook e Twitter senadores buscam apoio contra sanção do novo modelo de telecomunicações.
Político paranaense acusa Casa Civil e mesa diretora do Senado de manobra ilegal para evitar que debate chegasse ao plenário
Os senadores que se posicionaram contra a aprovação do PLC 79/2016 (que na Câmara era o PL 3453), responsável por reformular o marco legal de telecomunicações no Brasil, foram ao ataque na tentativa de vetar a sanção do projeto. A estratégia é buscar apoio através da mobilização via redes sociais.
Desde o dia 19, segunda-feira, quando a mesa diretora do Senado manobrou para barrar recurso pedindo ida a plenário do texto, diferentes políticos publicam vídeos tecendo duras críticas ao projeto e à ingerência do governo sobre o processo legislativo.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-RS) publicou vídeos e montagens segundo os quais o PLC significa a entrega de bandeja, por parte de Michel Temer, de R$ 100 bilhões em ativos da União às operadoras.
Ao lado, montagem publicada pela senadora Vanessa Grazziotin em sua página no Facebook.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) vai além. Em três vídeos diferentes, publicados nesta semana, diz que o projeto representa a entrega de patrimônio público com valor entre R$ 68 bilhões e R$ 100 bilhões “sem que o plenário, o conjunto dos senadores, tenham discutido e sem que ninguém saiba o que está acontecendo”. Diz ainda que houve manobras para que o texto fosse aprovado de forma terminativa em comissão pois “em plenário os Senadores jamais” o aprovariam.
Em outro vídeo, afirma que o PLC é um crime de “lesa-pátria” que tem a ingerência da Casa Civil sobre o Senado. “Empresas que deveriam prestar um bom serviço para a população, mas que por má gestão, não sei, estão hoje praticamente falidas. É um escândalo sem limite, com apoio do diretor geral do Senado e com ação da Casa Civil. É um caso de lesa-pátria. O Senado não discutiu, ninguém sabe do que se trata. Cadeia para esse tipo de comportamento e atitude. Isso é intolerável”, diz.
Ele vai à carga, ainda, contra a entrega perpétua de espectro para as operadoras, um dos artigos do PLC. “É um entreguismo sem limite”, resume.
Fonte: TeleSíntese (21/12/2016)
Postado por
Joseph Haim
às
22:45:00
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