quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sistel: plano fica abaixo da média dos outros fundos de pensão

O CPqD-Prev, com um rendimento de 8,26% no primeiro semestre de 2009, fica bem abaixo da média dos outros fundos de pensão que tiveram um rendimento médio de 9,98% no mesmo período.
Vide matéria do Estadão de hoje.

Fundos de pensão têm ganho de 10% no ano

Rentabilidade no 1.º semestre repõe parte das perdas do ano passado
Amparados pela forte alta da bolsa de valores, os fundos de pensão brasileiros recuperaram no primeiro semestre parte das perdas que amargaram no ano passado, em decorrência da crise global. Dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), obtidos com exclusividade pelo Estado, mostram que a rentabilidade média do setor entre janeiro e junho foi de 9,98%.

A meta atuarial (rendimento necessário para que os fundos cumpram suas obrigações com os participantes) foi de 5,79% no semestre. Portanto, houve uma sobra de rentabilidade superior a 4% no período.

A Abrapp tem 280 associados, que acumulavam patrimônio de quase R$ 455 bilhões no fim de maio. Entre esses sócios, estão as maiores instituições do setor,
como Previ (funcionários do Banco do Brasil), Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa Econômica Federal).
Em 2008, os fundos de pensão perderam, na média, 1,62%, o pior desempenho desde ao menos 1995, ano mais recente com estatísticas disponíveis da Abrapp. O recuo se explicou, principalmente, pela queda de 41% do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa). A meta atuarial (representada pelo INPC + 6%) foi de 12,87%.

No primeiro semestre de 2009, o Ibovespa ganhou 37%, o que fez as carteiras de renda variável das entidades se valorizarem 21,51%, sempre levando em conta a média. O patrimônio em aplicações de renda fixa, como títulos públicos, avançou 5,41%.

"Não recuperamos tudo ainda, mas estamos perto", disse o presidente da Abrapp, José de Souza Mendonça. "O que aconteceu em 2008 foi um resultado ocasional, que não representa um susto, uma vez que pensamos sempre no longo prazo."

Ele ressaltou, ainda, que os fundos acumularam muita gordura nos últimos anos - a rentabilidade média alcançou 1.086% entre 1995 e 2008, ante uma meta de 553%. Mendonça reconhece, porém, que o desempenho no semestre dá "tranquilidade" aos associados. "Ninguém bate na nossa porta para elogiar quando estamos acima da meta. Mas, quando há queda de 1%, o pessoal reclama."

FUTURO
O segmento de fundos de pensão é um dos mais atingidos pela queda da taxa básica de juros brasileira (Selic) para o menor nível da história. Durante muitos anos, as entidades acostumaram-se a bater suas metas atuariais com facilidade por causa do altíssimo nível da Selic. Agora, segundo especialistas, terão de buscar alternativas mais rentáveis, mas, em contrapartida, mais arriscadas, como a bolsa de valores.

Mendonça disse que já é possível sentir dois efeitos em decorrência da queda do juro. O primeiro é o aumento da participação de papéis emitidos por empresas nas carteiras de investimento. "Antes, a proporção era de um título privado para dois públicos. Hoje, é um para um." Outro impacto é a redução da meta atuarial para INPC + 5% ou 5,25% ao ano. (Leandro Modé)

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