Lins tem mais de 18 mil horas de voo em rotas no Brasil, América do Norte, Europa, Pacífico Norte e África, com jatos B727, B737-200, 300, 400, 700, 800 e B747. Depois da demissão da Varig esteve no Panamá, Hong Kong, Austrália e China. Escreveu muitos artigos sobre aviação e recebeu moção de louvor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, por sua dedicação à aviação. Atualmente, voa em Angola.
Nesta caudalosa e bem fundamentada obra, o autor descortina com lucidez e lógica a verdadeira história por detrás da venda da Varig, sua falência, e a intervenção do Fundo de Pensão Complementar Aerus, que não cumpre o objetivo de proporcionar as garantias de proteção social e relata muito sobre a aviação brasileira.
Na orelha do livro está registrado: Caso Varig é um livro grave, o último clamor contra uma séria injustiça. Grave, pois traz em si o registro de uma era, a biografia de uma coletividade que expressou sua voz, mas que foi sufocada pela insensibilidade de tantos brasileiros e pela mão sempre invisível do mercado. O convite para que o leitor entre nessa história, feito pelo comandante Lins, é esse desejo que não morre, de que a voz dos ex-variguianos não se perca. Como dito por Loana Rios, "ler essa obra é ler sobre histórias de vidas, é reconhecer a desproteção do trabalhador, o desrespeito ao direito trabalhista, previdenciário e humano presente ainda nos dias atuais".
Num corajoso e minucioso registro de bordo que vai de 1999 a 2008, com anexos e depoimentos de muitos ex-funcionários e comandantes, o autor nos apresenta, possivelmente, a narrativa mais completa e detalhada sobre a tragédia que levou para sempre um dos maiores orgulhos brasileiros, uma empresa que brilhava em céus e terras de muitas partes do mundo, que deixou saudades e lembranças. Com base em peças de processos judiciais, farto material de imprensa e informações de ex-funcionários, o comandante Marcelo Duarte Lins conta uma história que certamente ninguém quer ver acontecer outra vez. E que, quem sabe, tenha outro final.
Fonte: Jornal do Comércio (18/03/2016)
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