terça-feira, 11 de novembro de 2014

Fundos de Pensão: Seguro contra o risco da longevidade virou novo negócio para encarecer planos CD aos participantes

Mongeral Aegon realiza 2º seminário sobre transferência de risco em fundos de pensão

Financiar a aposentadoria permanece um dos maiores desafios sociais e econômicos do mundo no século 21. O novo perfil de idosos, com expectativa de vida cada vez maior, traz à tona uma nova realidade para o mercado previdenciário e para os fundos de pensão, que ainda está longe de consenso quando o assunto é como assegurar o pagamento de rendas por cada vez mais tempo. Dentro deste contexto, a Mongeral Aegon vai realizar o 2º SEMINÁRIO DE TRANSFERÊNCIA DE RISCO DE FUNDOS DE PENSÃO, no dia 11 de novembro, em São Paulo. O objetivo é ampliar o debate sobre o tema, aprofundar o estudo das soluções mais viáveis para o Brasil, além de expor os recentes casos externos, em especial nos EUA, e análises de operações de buy-in (transferência parcial de riscos atuariais e financeiros do fundo de pensão para uma seguradora) e swap (seguro para o risco de longevidade).

Para Andrea Levy, assessor especial da presidência da Mongeral Aegon, é urgente desenvolver planos de renda que considerem o novo cenário de longevidade de forma estruturada. “Diferente de alguns países para os quais essa preocupação é frequente e constante, o nosso mercado carece de soluções que considerem as mudanças que vêm ocorrendo na trajetória crescente da expectativa de vida. Não há, praticamente, um mercado de rendas, de forma a prover soluções consistentes para as pessoas dentro da conjuntura atual e futura. Por isso, exemplos internacionais são tão bem-vindos”, diz.

A solução passa pela divisão de responsabilidades
Se por um lado existem desafios por parte do governo e das entidades privadas, há uma grande barreira também no que tange a forma como o brasileiro lida com o planejamento para aposentadoria. A pesquisa A NOVA CARA DA APOSENTADORIA, realizada pelo grupo Aegon com 16 mil pessoas em 15 países, mostrou que 47% dos entrevistados têm planos para se aposentar, mas apenas 22% possuem alguma solução contratada, ao passo que 27% dizem não ter qualquer plano. Outra constatação é a de que para a maioria das pessoas os empregadores deveriam exercer o papel de promotores de serviços relacionados à aposentadoria. Mais de um terço (36%) diz que seus empregadores não fornecem nenhum tipo de serviço de aposentadoria, em uma lista com nove opções, com 9% sem nenhum conhecimento de tais serviços. 82% dos entrevistados consideram que a inscrição automática em soluções oferecidas pelas empresas nas quais trabalham (Ex. fundos de pensão) seria uma solução atraente – a maior proporção dentre todos os países pesquisados.

“O regime de previdência brasileiro divide a responsabilidade da renda da aposentadoria entre o governo, empregadores e indivíduos. Ainda são poucos os empregadores que oferecem fundos de pensão em grupo para seus funcionários, o que deixa fragilizado um dos pilares da renda na aposentadoria”, comenta Andrea. Para mostrar essas e outras tendências, durante o workshop, a especialista Catherine Collinson, Presidente do Transamerica Institute e Transamerica Center for Retirement Studies, que coordena o estudo, apresentará os principais resultados.
O encontro antecede o 35º CONGRESSO BRASILEIRO DOS FUNDOS DE PENSÃO, promovido pela Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Privada (ABRAPP), de 12 a 14 de novembro, em São Paulo.

Fonte: Sonhoseguro (11/11/214) 

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