Mesmo tendo 85% de seus recursos aplicados em renda fixa, os resultados do plano CPqD-Prev da Sistel ficaram muito abaixo da expectativa.
Para se ter uma ideia, a meta de rendimento deste plano nos quatro primeiros meses é de 4,74% e só atingimos um rendimento de 1,65% neste período. Até a velha e humilde Caderneta de Poupança, que vem rendendo menos que qualquer outra aplicação em fundo, rendeu 2,41% nos quatro primeiros meses do ano, bem superior ao da Sistel.
Creio que a situação passa novamente a ser perigosa pois o Índice de Cobertura das Reservas Matemáticas (ICRM- capital para cobrir benefícios de todos participantes, ativos e assistidos), que andava pela casa dos 110,97% (quase 11% de superávit), caiu bruscamente para 6,72% de superávit, afetando o equilíbrio técnico do plano, que decresceu mais de 38%.
Alegações da Sistel quanto ao péssimo desempenho da carteira de investimentos e ao decréscimo acentuado do patrimônio do plano:
- desvalorização da carteira de renda variável (notem que somente 14% é aplicado nesta carteira);
- crescimento das previsões de pagamento das aposentadorias futuras baseadas no Benefício Saldado (são corrigidas pelo INPC, e este mantêm-se constante);
- aumento anormal do Fundo de Coberturas Especiais (verdadeira caixa preta da Sistel), em 20 milhões de Reais (correspondente a quase 13% deste fundo), devido a erros de deduções realizados nos três primeiros meses do ano!
A pergunta que fica é: Qual é o papel dos Conselheiros Fiscais da Sistel perante os números apresentados?
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