Bolsa e juros levam fundos de pensão a ter deficit de R$ 18 bilhões
E pode levar participantes e patrocinadores a ter que injetar recursos para cobrir desequilíbrios.
O número de planos deficitários -cujos passivos superaram os ativos- praticamente dobrou, de 136 em 2012 para 262 no ano passado.
O saldo foi pior que em 2009, ano do auge da crise financeira global.
"Em 2013, as perdas foram simultâneas em todos os mercados", disse Silvio Rangel, da comissão de investimentos da Abrapp e diretor da Fibra (fundo dos empregados de Itaipu).
Grandes compradores de títulos prefixados do governo, os fundos viram esses papéis perderem valor com a alta da taxa de juros (Selic). Ações deprimiram com o menor crescimento econômico. Do outro lado, a inflação encareceu benefícios.
Assim, o deficit dos fundos (só torna prejuízo se eles venderem esses títulos) chegou a R$ 18 bilhões em setembro.
Diante disso, os fundos pedem que o governo afrouxe o limite de perdas por três anos.
A tolerância atual é um deficit de 10%. Caso ultrapasse esse limite, o fundo tem que se reequilibrar com o aumento de contribuições de participantes e patrocinadores. O setor pede que o teto suba para 15% até 2015.
Fonte: Folha de SP (13/02/2014)
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