segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Fundos de Pensão: Abrapp prevê que EFPCs não devem alcançar a meta atuarial em 2018 e defende volta do ministério da Previdência


As estimativas da Abrapp indicam que as fundações não devem alcançar a meta atuarial em 2018. As projeções da associação indicam um retorno das associadas com base em seus investimentos de 10,14% no ano, contra uma meta esperada de 10,80%. Esses números consideram o Ibovespa ao redor dos 80 mil pontos, e a taxa Selic em 6,5%, e foram divulgados durante o 39º congresso da Abrapp que se inicia nesta segunda-feira, 10 de setembro, em Florianópolis.

De janeiro a maio, segundo os dados da Abrapp, as entidades tiveram, em média, rentabilidade de 2,68%, percentual que chega a 10% quando considerados os doze meses encerrados em maio. A carteira de investimento das fundações encerrou o primeiro semestre somando R$ 847,5 bilhões, o que corresponde a 12,7% do PIB.

O presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Luis Ricardo Martins, durante coletiva com a imprensa nesta segunda-feira, 10 de setembro, que dá início ao 39º congresso do sistema, que se estende até quarta-feira, em Florianópolis, defendeu que o novo governo que toma posse a partir de 2019 recrie o ministério da Previdência, que foi extinto na administração de Michel Temer e alocado como secretaria no ministério da Fazenda.

“Tivemos nossa história de 41 anos dentro do ministério da Previdência, com pessoas que viram o sistema atingir a solidez que atingiu, com técnicos que respiravam previdência complementar desde sua origem, e da noite para o dia o sistema vai para dentro da Fazenda, com um viés financeiro”, afirmou Martins, que apontou a medida como um obstáculo que dificultou a aprovação de medidas de fomento à previdência complementar fechada, como a adesão automática.

O presidente da Abrapp lembrou do trabalho da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), no papel de assessor jurídico do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que, segundo Martins, por não estar tão familiarizado com o tema “complexo e peculiar” da previdência complementar também impediu avanços importantes para o segmento. “Temos um grande quadro de procuradores da PGFN, mas a especialidade deles é financeira, e nosso sistema não tem espaço para amadores”.

Fonte: Investidor Institucional (10/09/2018)

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