Até a medicina está perdendo atribuições para algoritmos inteligentes
A relação entre tecnologia e emprego sempre foi conflituosa. Se, do ponto de vista do observador imparcial, a tecnologia enriquece a sociedade e apenas transforma o emprego (quem deixou de ser ascensorista foi fazer outra coisa), do ponto de vista do sujeito que recebia todo mês um contracheque e foi demitido porque suas funções passaram a ser executadas por um robô, ela mata mesmo.
Os primeiros prejudicados foram as bestas e os trabalhadores menos qualificados, que desempenhavam tarefas pouco criativas, pesadas e repetitivas. Entre as vítimas iniciais da máquina a vapor transformada em locomotiva estão os cavalos das diligências, charreteiros e cocheiros. Mas a coisa não parou por aí e máquinas, robôs e computadores continuaram a transformar a produção, tirando o emprego de muita gente.
Do alto de sua soberba, trabalhadores do topo da pirâmide social, que exerciam funções criativas e que exigiam o domínio de grande volume de conhecimento específico, achavam que estavam protegidos. “Minha profissão jamais poderá ser exercida por uma máquina que soma zeros e uns”, pensavam. Mas aí vieram a inteligência artificial e o “big data”.
Hoje, até a medicina está perdendo atribuições para algoritmos inteligentes. Computadores já diagnosticam cânceres melhor do que médicos de carne e osso. Também podem superá-los na prescrição do tratamento, como é o caso do braço oncológico do supercomputador Watson da IBM, que faz análises genéticas comparativas dos tumores como nenhum humano é capaz de fazer.
Algo parecido começa a ocorrer na cardiologia, na oftalmologia e até na psiquiatria, com o desenvolvimento de algoritmos que facilitam diagnósticos e dispositivos que alteram profundamente as práticas correntes.
Parece exagero afirmar que os médicos vão ficar sem emprego, mas eles decerto terão cada vez mais de dividir tarefas com os computadores.
Fonte: Hélio Schwartsman - Folha SP (26/02/2018)
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Inovação: Os empregos sem futuro e sem inovação
Postado por
Joseph Haim
às
12:55:00
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Inovação
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".