Aposentados estão perdidos, sem saber qual dos boletos da Unimed devem pagar no mês de abril
A Fundação CPqD decidiu unilateralmente que haverá mudanças no plano de assistência médico hospitalar operado pela Unimed Campinas.
O contrato anterior, que venceu no final de janeiro, foi renovado sem modificações por 3 meses com reajuste de 18%. Este contrato, desde seu início, nunca possuiu coparticipação de uso do plano e as despesas dos usuários empregados e aposentados e seus respectivos dependentes eram cobertas unicamente pela mensalidade, que até janeiro de 2018 era de R$ 360,44 / usuário (modalidade plano especial, com quarto privativo).
Para os meses de fevereiro, março e abril de 2018 as mensalidades de cada usuário foram reajustadas para R$ 424,85 (+18%), na mesma modalidade acima, e como os reajustes de fevereiro e março (2 X R$ 64,81) não foram cobrados ainda, estão o sendo no boleto de abril, juntamente com o novo valor de abril (R$ 424,85 / usuário).
Acontece que o RH do CPqD enviou uma carta ao SINTPq, APOS e a todos aposentados informando que a Unimed concederá o parcelamento em 12 vezes do reajuste das 3 mensalidade (3 X R$ 64,81 /12), mas a Unimed não seguiu aquilo que o CPqD informou e os boletos de abril chegaram aos aposentados com o novo valor de abril (R$ 424,85) acrescido do retroativo de fevereiro e março ( 2 X R$ 64,81), totalizando R$ 554,47 / usuário.
Posteriormente a APOS, no intuito de esclarecer seus associados aposentados e depois de dialogar com o CPqD cobrando aquilo que constava em sua carta e também com a Unimed, informou que haveriam duas situações entre os aposentados:
- os aposentados que possuíam débito automático e que receberam seus boletos de abril com os aumentos retroativos sem o parcelamento acertado, poderiam solicitar à Unimed, via email endereçado a sac_financeiro@unimedcampinas.com.br , a devolução da diferença paga a mais em abril;
- os aposentados sem débito automático receberiam novos boletos para pagamento com o reajuste acumulado dos 3 meses parcelados em 12 vezes, com nove data de vencimento (20/4/18).
Acontece que recebemos informações de alguns aposentados que optaram pelo debito automático que eles receberam 2 boletos iguais com o mesmo valor e outros que receberam primeiramente o boleto de abril sem financiamento e posteriormente um kit contendo um carnê de parcelamento dos reajuste de 3 meses, alem do boleto de abril sem o reajuste.
Como percebe-se reina a confusão entre os aposentados que não sabem até o momento qual dos boletos e os valores que devem ser pagos para que não corram o risco de perder seus planos de saúde.
O fato que mais chamou a atenção dos aposentados foi a razão do envio da carta do RH do CPqD a eles, inclusive mencionando o parcelamento, mesmo já sabendo que a Unimed não estava honrando o acordado. Em vez de explicar que houve um mal entendido por parte da Unimed na sua cobrança errônea, isentou-se completamente frente aos aposentados e recusou-se a dar qualquer explicação adicional sobre o ocorrido, um fato que é verdadeiramente lamentável.
Novo plano a partir de 1o. de maio com coparticipação
Conforme já devidamente informado e por decisão unilateral da Fundação CPqD, a partir de maio deste ano empregados e aposentados do CPqD terão um novo contrato do plano de assistência médico-hospitalar com as mesmas coberturas anteriores, porem seu custeio se dará por meio de mensalidades e, adicionalmente, pela coparticipação de uso do plano.
As mensalidades serão reajustadas em 5%, tomando-se por base as mensalidades de janeiro deste ano. No exemplo da modalidade de plano acima mencionada, quem tem o Plano Especial pagará de maio de 2018 até abril de 2019 o valor mensal de R$ 378,04 / usuário, com reajuste anual baseado na sinistralidade do plano definido pela Unimed, conforme vem ocorrendo desde o início deste plano. Mesmo que não utilize o plano, este valor deverá ser pago mensalmente por cada usuário.
Adicionalmente e em troca do reajuste de 18% que a maioria dos empregados e aposentados preferiria, mas que o CPqD negou-se a bancar a partir de maio, a empresa decidiu implantar a coparticipação de uso do plano. A cada uso do plano em consultas (inclusive em pronto-socorro) e exames, mas não em internações, o usuário pagará 30% da tabela Unimed em vigor (a tabela que encontramos no site da Unimed, mas não temos certeza se é a válida no momento, está neste link). Haverá um teto mensal por usuário no pagamento da coparticipação no valor de R$ 260,00. Os empregados e aposentados desconhecem por completo a periodicidade desta tabela e por qual índice a mesma será reajustada. Estas informações não foram passadas até hoje nem pelo CPqD, nem pela Unimed.
Apesar do CPqD ter alegado conhecidos problemas financeiros para não bancar sua parte (relativa aos ativos) no reajuste anual de 18% do plano sem a coparticipação, a empresa estranhamente decidiu assumir as despesas de coparticipação destes empregados por 12 meses, discriminando-os dos aposentados, que terão de pagar integralmente a coparticipação de 30% desde maio deste ano. Mais uma demonstração de desdém pelos seus ex-funcionários, hoje aposentados, que tanto ajudaram na sua labuta, desde 1978, a elevar o nome da Fundação CPqD não só no Brasil, como em todo o mundo.
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