Ao reajustar o salário mínimo com índices abaixo da inflação pelo
segundo ano consecutivo, o governo conseguiu piorar o que já era ruim.
Conforme o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o acumulado
nos últimos 12 meses foi de 2,07%, enquanto o governo repassou apenas
1,81%.
Com essa medida absurda e insensata, sob o contexto de elevação do
custo de vida, o governo promove um achatamento ainda maior nos
vencimentos dos cerca de 22 milhões de brasileiros aposentados, ou seja,
70% dos beneficiários do INSS, que terão de sobreviver com uma renda,
insatisfatória, de R$ 954,00.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo 2017 também ficou defasado,
uma vez que o reajuste foi de 6,48% e as perdas inflacionárias chegaram a
6,58%. As perdas nos dois últimos anos contabilizam 0,34%.
A medida do governo, além de penalizar milhões de brasileiros, também
desrespeita a Lei em que determina o reajuste do mínimo com a reposição
das perdas inflacionárias conforme o INPC somado ao PIB de dois anos
anteriores. Como o PIB foi negativo, deveria ser assegurado ao mínimo os
2,07% do INPC, mas nem isso o governo repassou.
O Sindicato Nacional dos Aposentados, que luta permanentemente por uma
política de recuperação do poder de compra do segmento, estuda entrar
com ação na Justiça para que o governo reveja os índices de reajuste do
salário mínimo.
Fonte: PrevTotal (15/01/2018)
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