quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Inovação: As invenções que prometem mudar o mundo em 2016


Bactéria que se transforma em fábrica e carro que não precisa de motorista são apenas duas delas

Do carro sem motorista à internet das coisas e dos órgãos em chip a bactérias que se transformam em fábricas: essas são algumas das tecnologias emergentes de 2016 que mudarão o mundo. Elas prometem transformar os processos produtivos nas indústrias e contribuir para a melhoria do planeta. As 10 novas tecnologias foram anunciadas por especialistas do Fórum Econômico Mundial e publicadas pela revista científica Scientific American. Confira, a seguir, quais são elas. 

Carros sem motoristas
A difusão de carros que não precisam de motoristas (como o da foto) para se deslocar vai aumentar gradualmente junto com a tecnologia que garantirá a segurança desses veículos.
Eles também poderão ser extremamente úteis para idosos que não querem ou não podem mais dirigir.

Novas baterias
Um dos maiores obstáculos na difusão de energias renováveis – como a solar e a eólica – é a imprevisibilidade entre sua oferta e sua demanda. Ou seja, muitas vezes o tempo está propício para uma grande produção de energia que passa a ser mais do que a necessária naquele momento para aquela região e que se perde ao tentar ser armazenada. O contrário também ocorre, quando o tempo ruim não ajuda na produção suficiente para determinado momento. Para ajudar nesse armazenamento, tecnologias para a criação de baterias mais potentes e menos nocivas ao meio ambiente à base de zinco, sódio e alumínio estão progredindo recentemente. Já se pode criar, por exemplo, baterias adaptadas a pequenas redes elétricas que conseguem oferecer energia até para comunidades que antes estavam desconectadas.

Microrganismos como fábricas
Os avanços nos campos de bioengenharia, como os de biologia sintética, biologia de sistemas e engenharia evolutiva, estão permitindo com que bactérias e outros microrganismos se transformem em fábricas de químicos que poderão no futuro substituir os petroquímicos, como petróleo, carvão e outros combustíveis fósseis. Com microrganismos vivos sintetizando químicos, setores como o de biocombustíveis e o de remédios podem evoluir e causar menos danos ao meio ambiente.

Internet das Coisas a nível nano
Até 2020, 30 bilhões os microsensores localizados em carros, termostatos, fechaduras, coleiras de animais e vários outros objetos estarão conectados em rede e conseguirão transmitir informações entre si. No entanto, a grande novidade da chamada Internet das coisas será com a criação e a produção em larga escala de nanosensores, que poderão circular no corpo humano ou até estar dentro de materiais de construções. Conectados entre si, esses sensores nanométricos poderão revolucionar vários setores, da medicina à arquitetura, da agricultura à produção de remédios.

O Blockchain
Outra tecnologia abordada como sendo 'do futuro' é o Blockchain, um registro ou livro-razão on-line disponível a todos os participantes desse sistema virtual que reúne uma rede de transações e de pagamentos realizados com a moeda eletrônica Bitcoin. Cada vez mais um número maior de pessoas e de grandes companhias, como Google, Microsoft e IBM, estão desenvolvendo iniciativas de Blockchains. Essas corporações estão percebendo o poder e o impacto positivo que essa tecnologia poderá ter para mudar o mercado e suas gestões, além de melhorar a privacidade e os problemas relacionados à segurança no e-commerce. Esses projetos podem também ser úteis e decisivos para simplificar e facilitar ações como a venda de propriedades e a realização de contratos.

Materiais em 2D
Uma nova classe de materiais que contam com apenas uma camada de átomos está sendo considerada uma das principais tecnologias desse tempo. Um exemplo de material em 2D, como são chamados, é o grafeno, feito a partir do carbono e que é mais forte que aço, mais resistente que diamante, transparente e um veloz condutor elétrico. 

Órgãos em chips
Essa tecnologia, que se faz cada vez mais necessária, cria miniatura de órgãos humanos em microchips para que os tecidos possam ser analisados e usados para acelerar os estudos contra doenças e para o desenvolvimento de novos remédios sem o uso de testes em animais. É um grande passo para a medicina já que é difícil encontrar órgãos reais que possam ser usados para experimentos com fins de estudos. Até o momento vários grupos já criaram alguns protótipos de rins, corações, pulmões e córneas.

Células solares em perovskita
Atualmente, para se obter energia solar usa-se células de silicone, encontradas geralmente ocupando grande parte dos telhados de casas e fábricas. Elas apresentam alguns problemas, como o tamanho e o peso que devem ter para funcionarem bem, a dificuldade para serem produzidas e a quantidade de gases que são emitidos na sua produção. Para isso, cientistas estão desenvolvendo células a partir do mineral perovskita que, segundo especialistas, poderão ser menores, mais leves, mais rentáveis e menos poluentes.

Assistentes pessoais digitais
A inteligência artificial está fazendo com que programas on-line sejam cada vez mais capazes de assumir um papel de assistente pessoal. Nos próximos anos esses softwares devem fazer muito mais do que apenas procurar um restaurante, mostrar um caminho para determinado destino ou agendar uma reunião, como os assistentes Siri, da Apple, ou Cortana, da Microsoft, fazem. No futuro, eles estarão conectados não apenas aos dados do celular e da conta de e-mail, mas também à casa e ao carro do usuário.

Optogenética
O funcionamento das células de um cérebro é algo ainda misterioso para os cientistas. No entanto, em 2005 começou a ser descoberta uma tecnologia que pode ajudar no entendimento desse órgão, além de ajudar a prevenir ou a curar patologias intimamente ligadas a essa parte do organismo, como depressão, mal de Parkinson e até problemas de visão. A técnica é chamada de optogenética, que basicamente oferece a possibilidade de ativar ou desativar neurônios específicos com uma precisão de milissegundos através de diferentes feixes de luz coloridos. A tecnologia consiste em implantar proteínas de pigmentos nas células cerebrais que, com o recebimento de uma determinada cor de luz irá responder de uma maneira específica e programada. A grande novidade é a criação de microchips um pouco maiores apenas que um neurônio que podem ser injetados nas células do cérebro levando com eles os pigmentos requeridos.

Fonte: Agências Ansa e Brasil. Colaboração Houw Ho Ling (18/10/2016)

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