terça-feira, 18 de outubro de 2016

TIC: Sem orçamento, Telebras só terá recursos próprios para novos investimentos


Nos novos ventos brasilienses, secou o orçamento da Telebras. Depois de aportes públicos que fizeram a rede de 28 mil km de fibras ópticas e o contrato para a construção e o lançamento do satélite geoestacionário, a estatal só avançará pelas próprias pernas. Não por menos, a empresa desenha um novo plano de negócios. A ambição é chegar a 2018 sustentável e rentável.

“Nas condições em que vivemos não dá para pensar em estatal que vive somente do dinheiro público. Temos condições e infraestrutura nas mãos para tornar a empresa sustentável”, explica o diretor técnico-operacional da Telebras, Jarbas Valente.
 

O primeiro alvo da nova política é o prometido cabo submarino entre Brasil e Europa. O projeto é coisa pra lá de US$ 180 milhões e até aqui tem por base um acordo entre a Telebras e a espanhola IslaLink. A parceria já definiu quem será a empresa responsável pelo lançamento do cabo, mas a ideia é ter um terceiro sócio na empreitada – e que de preferencia tenha uma participação equivalente ou maior que os 25% da Telebras, de forma a manter o controle brasileiro. 

Segundo Valente apresentou na Futurecom, o plano geral é dar um novo perfil à estatal nos próximos dois anos. “Hoje o faturamento é do PNBL terrestre, clientes pequenas operadoras e governos. Mas temos que melhorar a cultura de cumprimento de prazos e aumentar a produtividade. Vamos mudar isso. Teremos as escolas públicas conectadas, um novo modelo de negócios consolidado, com o satélite operante e cobertura em todos os municípios. Em 2018 a Telebras será uma empresa competitiva, rentável e sustentável”.

Enquanto isso, atrasos na fila internacional empurraram o lançamento do satélite geoestacionário de defesa e comunicações para a janela entre 20 de fevereiro e 20 de março de 2017. Suspensa pelo TCU, já foi retomada a licitação para as estações terrenas e a expectativa é de que o satélite esteja operacional entre junho e julho de 2017. Veja a entrevista do Jarbas Valente:



Fonte: Convergência Digital (18/10/2016)

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