quinta-feira, 21 de setembro de 2017

TIC: Internet brasileira sofre agora o efeito do furacão Maria


Os dois furacões que atingiram as ilhas do Caribe atrasaram o serviço de manutenção de cabos submarinos como o Telecom Italia Sparkle, prejudicando a conexão com o Brasil.

Provedores regionais de internet estão registrando quedas significativas na velocidade de suas redes nos últimos dias, em suas conexões com o exterior. E esses problemas estão vinculados, ainda, ao furacão Maria, que destruiu inúmeras ilhas do Caribe, principalmente Porto Rico e Saint Croix, rota da maioria dos cabos submarinos internacionais que se conectam com a América do Sul.

Por quê essa lentidão só começou agora, vários dias depois da passagem do furacão Irma, na primeira semana de setembro, e agora o Maria, que se formou no início desta semana, é uma das questões que intrigam as operadoras brasileiras.
Na opinião de alguns analistas, isso deve a fato de que, embora os cabos submarinos estejam projetados para enfrentar qualquer tipo de vento e para funcionar automaticamente, precisam da intervenção humana nos Pops e nas land stations.

“O problema é que essas ilhas foram evacuadas e, em muitos lugares, a mão de obra ainda não conseguiu retornar, deixando os sistemas sem manutenção mais tempos do que o previsto”, assinala um consultor.

Uma das redes mais afetadas, porque um de seus Pops está justamente na ilha de Saint Croix, que foi devastada pelos dois furacões – o Irma e agora o Maria -, é a da Telecom Italia Sparkle, que dá uma paradinha em Fortaleza, mas tem seu Pop no Rio de Janeiro.

Conforme o analista de telecomunicações, Uesley Correa, estima-se em 60% a 70% de perda de pacotes de quem sai do Rio de Janeiro pela rede da Sparkle.  A empresa confirma que precisou tomar medidas devido ao furacão Maria.

” O furacão Maria, de categoria 5, impactou Porto Rico causando severos danos e enchentes na ilha. Tivemos que ‘desenergizar’ nosso nó na estação para evitar danos mais sérios aos equipamentos. Essa situação provocou a saturação de nosso tráfego IP que afeta nossa rota internacional em direção ao Brasil”, informou a empresa. Também a Highwinds, que revende capacidade do Sparkle, confirmou o problema.

Fonte: TeleSíntese (21/09/2017)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".