terça-feira, 9 de outubro de 2018

Fundos de Pensão: Cerca de 1/3 dos planos CV (CPqDPrev incluído) não conseguiu superar o CDI em 2017


Aproximadamente 1/3 dos planos de Contribuição Variável (CV) e 1/4 dos planos de
Contribuição Definida (CD) do sistema não conseguiu superar o retorno de 9,93% do CDI em
2017, mostra um estudo produzido pela consultoria Luz Soluções Financeiras. Entre os 40
planos CV do estudo, 13 não bateram o CDI, com retorno médio de 9,29% em 2017, ante os
12,40% obtidos pelos 27 que conseguiram superar o índice de referência. Os CV considerados
pela Luz no levantamento somam cerca de R$ 540 bilhões em ativos.

Já dos 32 planos CD que participaram do levantamento, 8 não conseguiram bater o
benchmark, com retorno médio na casa dos 9,20% no ano passado. Os outros 24 planos CDs
tiveram uma média de rentabilidade de 11,90% no período. Os 32 planos da amostra perfazem
um Patrimônio Líquido de aproximadamente R$ 23,16 bilhões.

Entre os planos que foram capazes de entregar aos participantes rentabilidade acima do CDI,
são práticas comuns o monitoramento constante da performance dos investimentos, e trocas
ágeis de posições ou gestores para mitigar as perdas, explica a coordenadora atuarial da Luz
responsável pelo levantamento, Sara Marques. Ela ressalta ainda que a diversificação da
carteira, se feita de maneira excessiva, pode não ser benéfica para o retorno do plano. “Se
ocorre uma pulverização muito grande entre as classes de ativos, se uma delas vai bem a
carteira não sente esse impacto de maneira relevante”, pondera a especialista. A coordenadora
atuarial da Luz diz também que o tamanho do patrimônio não é um fator determinante para o
retorno obtido por cada plano.

Entre as classes de ativos analisadas, o destaque no ano passado ficou por conta da renda
variável, com valorização média entre os planos analisados de 19%. “Dos CDs que tiveram
melhor rentabilidade, a alocação em ações estava ao redor dos 11%, enquanto entre os que
estiveram entre os de pior rentabilidade, a exposição no segmento ficava em 4%”. A segunda
melhor classe em termos de investimento em 2017 foi a de estruturados, com 16%, seguida
por empréstimos (13,6%), renda fixa (10,83%), imóveis (9,99%) e exterior (7,55%).

Fonte: Investidor Institucional (08/10/2018)

Nota da Redação: Para efeito de comparação com os planos da Fundação Sistel, o plano CPqDPrev (CV) alcançou a rentabilidade de 9,20% em 2017, inferior ao CDI (9,93%), enquanto o plano InovaPrev (CD) superou o CDI em 2017, com rentabilidade de 10,87%.

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