quarta-feira, 15 de maio de 2019

Fundos de Pensão: Renda variável e crédito ajudaram fundos de pensão em 2018. Na Sistel foi a renda fixa.



A renda variável e as operações de empréstimos para participantes foram as duas estratégias que mais contribuíram para os resultados dos fundos de pensão no ano passado, avalia Henrique Sinzato, consultor da LUZ Previdência, que fez apresentação sobre a rentabilidade das carteiras durante evento da consultoria em São Paulo.
  
De acordo com o especialista, em diferentes perfis de investimento, as entidades tiveram maiores retornos com ações e crédito do que com renda fixa, investimentos estruturados e imóveis.  

Segundo levantamento feito pelo consultor, no perfil conservador (fundos que mantêm alocação de em média 99% dos recursos em renda fixa), as operações de empréstimos a participantes tiveram um retorno de 169,42% em relação ao resultado geral do fundo. A renda fixa teve retorno de 98,2% do resultado geral do fundo.  

Em um grupo de perfil com alocação em renda fixa de em média 85%, os empréstimos para participantes tiveram um retorno de 144,8%. A renda variável teve retorno de 121,38% e a renda fixa, 95%.  

No conjunto de fundos de pensão com perfil mais arrojado, onde a alocação média em renda fixa se situa em 70%, os empréstimos tiveram retorno de 122,95%. A renda variável atingiu 132,05% e a renda fixa, 88,06%.  

A análise de Sinzato também contemplou a questão da meta atuarial para os planos de benefício definido (BD) e os de contribuição definida (CD) em 2018. Conforme o levantamento, na categoria BD, 41% dos planos que não atingiram a meta atuarial em 2018 estão indexados ao IGP-M ou ao IGP-Di, “indicadores de inflação mais voláteis que o IPC e o IPCA”.   

De acordo com o consultor da LUZ, outro problema para esses planos é que “não existem mais papéis indexados ao IGP-M para comprar”, o que os leva a ter de investir em papéis com índices diferentes. Sinzato explica ainda que outros 53% dos planos BD que não atingiram a meta possuem taxa atuarial maior que 5%, ou seja, uma meta de IPCA ou INPC mais 5% ao ano.  

“E a expectativa é que as taxas caiam ainda mais com a esperada aprovação da reforma da Previdência, o que vai levar as fundações a terem de alocar em ativos de maior risco para buscar a rentabilidade.”  

Entre os planos CD, o consultor explica que apenas 8,5% não conseguiram superar o CDI. “É uma melhora em relação a 2017, quando um terço dos planos não atingiam o referencial”, diz.

Fonte: Valor (14/05/2019)

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